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Portugal vai produzir peixe enriquecido com ómega-3

O projeto OmegaPeixe envolve o pregado e o robalo e constitui um marco no campo da aquacultura sustentável. Tem na base as empresas Flatlantic e ALGAplus, a Universidade do Porto e o Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul.
22 Junho 2023, 14h27

Portugal vai começar a produzir peixe enriquecido com ómega-3, respondendo à procura crescente de alimentos ricos neste nutriente benéfico para a saúde.

A produção e a comercialização são o culminar de um projeto de dois anos e meio envolvendo a academia e empresas, com financiamento de um milhão de euros dos quais 666 mil euros do PT 2020. O projeto OmegaPeixe tinha como objetivo produzir pescado nacional, robalo e pregado, enriquecido com ómega-3 de cadeia longa

A empresa Flatlantic de Mira lidera o consórcio OmegaPeixe, sendo responsável pela produção do pregado, enquanto a ALGAplus, localizada em Ílhavo e especializada em aquacultura integrada, será responsável pelo robalo bio.

A equipa do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto e do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental liderada pela investigadora Luísa Valente, otimizou as dietas de aquacultura, com recurso a fontes sustentáveis, conseguindo que o robalo e o pregado garantissem os níveis de ómega-3 de cadeia longa recomendados pela Organização Mundial de Saúde para uma vida saudável.

A cargo do Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (B2E CoLAB) esteve a avaliação da recetividade dos consumidores aos novos produtos.

O pregado, comercializado pela Flatlantic, já chegou ao mercado, estando prevista a comercialização do robalo bio da ALGAplus em 2024 na grande distribuição.

“O sucesso do projeto OmegaPeixe permite que os consumidores tenham acesso a pescado diferenciado, nomeadamente robalo e pregado, com alto valor nutricional e produzido de forma sustentável, respeitando tanto o bem-estar animal quanto o meio ambiente”, explica Renata Serradeiro, CEO da empresa Flatlantic.

“Estamos a falar de pescado de elevada qualidade para os consumidores, alimentado com ingredientes naturais e dietas ricas em ómega-3, essencial para a saúde humana. Trata-se de um marco importante para o país, pois coloca Portugal na vanguarda da aquacultura sustentável e da inovação alimentar”, salienta, por seu turno, Helena Abreu, fundadora da ALGAplus.

 

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