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Preço do petróleo dispara à medida que aumenta a tensão entre Irão e Estados Unidos

Depois do acidente com dois petroleiros ao largo do Irão, a 13 de junho, eis que o país liderado por Hassan Rohani anunciou ter abatido um drone norte-americano no sul do país. As tensões entre Teerão e Washington acentuam-se, com os iranianos a admitirem que estão prontos para a guerra. Sendo o Médio Oriente crucial, o preço petróleo agrava.
20 Junho 2019, 11h08

Depois do acidente com dois petroleiros no Golfo Pérsico ter reacendido tensões entre o Irão e os Estados Unidos, eis que o Estado liderado Hassan Rohani anunciou ter abatido um drone norte-americano no sul do país esta quinta-feira, 20 de junho. A par do sucedido, o preço do barril do petróleo disparou nos mercados internacionais.

Em Londres, o barril de Brent, que é referência para Portugal, dispara 2,56% e é negociado a 63,40 dólares. Já em Nova Iorque, o WTI ganha acima dos 3%, sendo negociado a 55,64 dólares.

De acordo com a agência “Reuters”, o preço da matéria-prima sobe após surgirem novos receios de um confronto militar entre Teerão e Washington, sobretudo porque é naquela região do Médio Oriente que reside mais de 20% da produção mundial.

Esta quinta-feira, os Guardas da Revolução do Irão anunciaram terem abatido um drone norte-americano, em violação do espaço aéreo no sul do país. De acordo com a “Press TV”, o canal de informação em inglês da televisão estatal iraniana, um modelo Global Hawk, da empresa norte-americana Northrop Grumman, “foi abatido pela força aérea” de Teerão, na província costeira de Hormozgan, no sul do Irão.

De acordo com a “Reuters”, o drone foi derrubado no espaço aéreo internacional sobre o Estreito de Ormuz por um míssil terra-ar iraniano,

Entretanto, o general iraniano Qassem Soleimani, que também é comandante dos Guardas da Revolução do Irão, já veio afirmar que o país “não tem qualquer intenção” de entrar em conflito com algum país do mundo mas que “está pronto para a guerra”.

Soleimani falava em direto na televisão estatal, quando disse que a violação das fronteiras da república islâmica do Irão “representa a linha vermelha” do Irão, citado pela agência de noticias iraniana “Tasnim”.

O incidente de hoje ocorre num contexto de fortes tensões entre o Irão e os Estados Unidos e depois de, na passada quinta-feira, dois petroleiros, um norueguês e um japonês, terem sido alvo de ataques perto do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico

O Irão negou qualquer envolvimento nos ataques, e sugeriu que podia tratar-se de um golpe norte-americano para justificar o uso da força contra a República Islâmica.

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