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Quase dois terços dos executivos europeus consideram que as empresas que lideram estão preparadas para possíveis choques globais

Conclusões são do relatório “The CEO’s Guide to Costs and Growth – Strategic Priorities and Opportunities in 2024”, da Boston Consulting Group (BCG).
17 Abril 2024, 20h10

Mais de metade dos empresários europeus (63%) entende que as organizações que lideram estão preparadas para enfrentar
possíveis choques globais este ano, de acordo com o relatório “The CEO’s Guide to Costs and Growth – Strategic Priorities and
Opportunities in 2024”, da Boston Consulting Group (BCG).

De acordo com o documento, as maiores preocupações macroeconómicas e geopolíticas dos líderes europeus incluem a incerteza económica (34%), a inflação e o aumento das taxas de juro (29%), e os conflitos armados (11%).

O relatório dá conta, também, de que 68% dos inquiridos indicam que “têm mais visibilidade sobre investimentos de longo prazo, podendo causar uma aceleração nos mercados de fusões e aquisições”-

No que diz respeito às expectativas sobre a estabilidade dos seus este ano, a consultora de negócios dá conta de que somente 20% dos executivos inquiridos no espaço europeu mostrou pessimismo (-16 pp. face aos números de 2023). Trata-se da maior quebra regional
quando comparada com o decréscimo de 11 pp. na América do Norte e de 6 pp. na Ásia, refere a BCG.

“Em oposição, 27% dos inquiridos a nível europeu está otimista e 53% mantém-se neutro, um aumento de 15 pp. e de 2 pp., respetivamente, em relação ao ano passado”, é referido no mesmo comunicado.

Segundo o BCG, o “maior incremento no otimismo verificou-se na Ásia, correspondendo a 7 pp., face ao crescimento de 2 pp. verificado na América do Norte e Europa, possivelmente devido às expectativas de que as empresas estrangeiras continuem a
capitalizar o crescimento desta região”.

Pedro Pereira, Managing Director & Senior Partner da BCG em Lisboa, analisa que “o ambiente inflacionário, a incerteza do cenário económico, as tensões geopolíticas e a constante evolução tecnológica têm obrigado as empresas a ser mais resilientes
e a prepararem-se, cada vez melhor, para possíveis choques globais”.

“A otimização de custos é uma das estratégias mais importantes para garantir que as organizações têm um bom desempenho, devendo apostar numa abordagem holística para desbloquear fundos que possam ser reinvestidos em prioridades estratégicas e de transformação que criem reais vantagens competitivas. Através desta “ambidestria” criarão uma base sólida e mais resiliente no curto-prazo, sem comprometer competitividade a longo prazo”, analisa o mesmo responsável.

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