[weglot_switcher]

Receios sobre aumento de novos casos de Covid-19 nos EUA penalizam bolsas. EDP e BCP pressionam Lisboa

O índice nacional conta 14 empresas cotadas a desvalorizar, uma a valorizar e três a negociar sem variação.
8 Julho 2020, 08h43

O principal índice bolsista português (PSI 20) iniciou a sessão desta quarta-feira a perder 0,55%, para 4.427,68 pontos, em linha com as principais praças europeias esta quarta-feira, 8 de julho. O PSI 20 conta 14 empresas cotadas a desvalorizar, uma a valorizar e três a negociar sem variação.

Os títulos da EDP (-1,19%) e BCP (-1,10%) são os que mais penalizam a bolsa portuguesa. Destaque, ainda, para a EDP Renováveis (-0,76%). Depois da breve turbulência provocada pelo processo judicial, ainda em fase de inquérito, que incide sobre um alegado favorecimento do grupo EDP através da obtenção de supostas contrapartidas em cerca de 1,2 mil milhões de euros, a EDP e a EDP Renováveis estão em situação de correção, depois de terem fechado ontem em alta.

Ontem, os investidores reagiram bem às escolhas das duas empresas para substituírem interinamente os respetivos presidentes executivos, António Mexia e João Manso Neto, por Miguel Stilwell e Rui Teixeira.

De acordo com o trader do Millennium bcp Ramiro Loureiro, os investidores, nas principais praças europeias, reagem às declarações do presidente da Reserva Federal de Atlanta, Raphael Bostic, que apontou que ao aumento do número de novos casos de Covid-19 “pode estar a ameaçar o ritmo da recuperação dos Estados Unidos, à medida que empresas e consumidores suspendem os planos”.

No último balanço da Universidade Johns Hopkins, divulgado hoje, os EUA registavam 60.209 novos infetados e mais 1.114 mortes por covid-19, nas últimas 24 horas. Ao todo, o país contabiliza 130.248 óbitos e 2.991.351 casos confirmados desde o início da pandemia.

O analista diz, ainda, que as declarações da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, sinalizando que a instituição vai manter a política monetária inalterada na próxima reunião, apesar do estímulo de emergência para ajudar os países membros da União Europeia e para acalmar os  mercados bolsistas, terão influência na negociação de hoje.

Do Reino Unido chegam notícias de que o líder do governo britânico, Boris Johnson, alertou a homóloga Angela Merkel que o Reino Unido está pronto para prescindir de um acordo comercial se a União Europeia não estiver preparada para comprometer.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.