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Reguladores devem apresentar próxima edição do Portugal FinLab no quarto trimestre de 2019

“A nossa intenção é de apresentar publicamente as linhas gerais do próximo Portugal FinLab a partir de setembro ou de outubro”, revelou o administrador do Banco de Portugal, Helder Rosalino, ao Jornal Económico.
  • Cristina Bernardo
10 Julho 2019, 07h37

Ainda não passaram vinte e quatro horas desde a apresentação dos resultados da primeira edição do Portugal FinLab, mas os três reguladores que participam neste acelerador de inovação que senta na mesma mesa reguladores e startups, já estão a pensar na próxima edição.

Em declarações ao Jornal Económico, Helder Rosalino, administrador do Banco de Portugal (BdP), revelou que a segunda edição do Portugal FinLab deverá ser apresentada “a partir de setembro ou de outubro”.

“Finalizámos esta edição, estamos numa fase de análise dos resultados e de identificação de oportunidades de melhoria. Agora vamos trabalhar em cima destes resultados, alargando a equipa. A nossa intenção é de apresentar publicamente as linhas gerais do próximo Portugal FinLab a partir de setembro ou de outubro”, disse o administrador do BdP.

Pensado por João Freire de Andrade, fundador da Portugal FinTech, uma associação que promove os interesses destas startups que desenvolvem soluções inovadoras na indústria financeira, o Portugal FinLab foi criado e lançado no ano passado.

O Portugal FinLab junta as startups, sejam elas FinTech ou InsurTech (que atuam no setor dos seguros), aos reguladores, ou seja, o BdP, a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) e  Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e, claro, a Portugal FinTech.

O objetivo desta plataforma de comunicação entre reguladores e inovadores consiste em dissipar as dúvidas que as startups têm sobre o quadro regulatório português, de forma a que as soluções inovadoras que querem colocar no mercado cumpram os requisitos legais e regulatórios.

João Freire de Andrade explicou que existem vários modelos para “aproximar a regulação da inovação”, sendo o innovation hub – ou acelerador de inovação – um deles, do qual o Portugal FinLab é um exemplo paradigmático.

O Portugal FinLab, distingue-se, por exemplo, de um ambiente de sandbox, um modelo comum nas economias anglo-saxónicas, na medida em que “explica às empresas como é que podem atuar dentro do panorama regulatório anual”, enquanto nas “sandboxes se pode alterar a lei para se ir adaptando às empresas e às inovações”, precisou o fundador do Portugal FinLab.

Um innovation hub tem ainda uma vantagem importante para estas startups, na medida em que vêem reduzido o tempo de resposta sobre dúvidas que colocaram aos reguladores, agilizando assim o time to market das empresas, isto é, o período de tempo que decorre entre a criação de um conceito ou ideia até ao momento em que entra no mercado.

“Isto é, os reguladores podem dar uma resposta muito mais rapidamente para agarrar a maioria das iniciativas e uma enormíssima percentagem das questões são resolvidas”, disse o fundador do Portugal FinTech.

“Há uma redução do tempo de resposta dos reguladores muitíssimo substancial”, salientou João Freire de Andrade, passou a ser de “três meses”, comparando com o passado, em que startups portuguesas passavam por longos períodos de tempo à espera da resposta dos reguladores, atrasando o time to market. “Chegavam a demorar quase dois anos até obterem respostas”, frisou João Freire de Andrade.

Os resultados da primeira edição do Portugal FinLap foram apresentados esta terça-feira, na sede da CMVM. O número de candidatos superou as previsões. “Esta primeira edição superou as nossas expectativas, temos 40 projetos aprovados”, frisou Helder Rosalino.

E, sobre a segunda edição do Portugal FinLab, o administrador do BdP explicou que “pode ter mais ou menos candidaturas, não as controlamos”. Mas a iniciativa não deixa de ser importante: “ganhamos visibilidade, os reguladores e o país deram uma boa imagem”, salientou

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