Reino Unido é o primeiro país do mundo a aprovar uso da vacina da Pfizer/BioNTech

A autoridade reguladora do medicamento do Reino Unido (MHRA) autorizou hoje o uso da vacina da Pfizer/BioNTech, avança a BBC.

As primeiras vacinas  vão começar a ser administradas no início da próxima semana aos grupos de maior risco, com a população em geral a começar a ser vacinada depois. No topo da lista estão idosos residentes em lares e funcionários, seguidos por pessoas com mais de 80 anos e outros trabalhadores do setor da saúde e social.

O Reino Unido torna-se assim no primeiro país do mundo a autorizar o uso desta vacina que conta com uma eficácia de até 95% na proteção contra a Covid-19. Esta vacina precisa de ser armazenada a 70 graus negativos e tem um custo por dose de 15 libras (16,7 euros). As vacinas serão depois transportadas em caixas especiais, contendo gelo seco, para serem armazenadas num frigorífico e têm uma validade de cinco dias para serem administradas.

Londres já encomendou 40 doses desta vacina, o que será suficiente para vacinar 20 milhões de pessoas, pois são necessárias duas doses. Entre a primeira e a segunda toma, existe um intervalo de 21 dias.

Os primeiros 10 milhões de doses vão chegar ao Reino Unido nos próximos dias. Esta é a vacina mais rápida a ir do zero até à sua aprovação, pois normalmente este processo demora cerca de 10 anos.

Este tipo de vacina conhecida por RNA usa um pequeno fragmento do código genético da Covid-19 para ensinar o corpo a lutar contra o vírus e construir a imunidade, explica a BBC. Este tipo de vacina nunca foi aprovada para uso em humanos, tendo sido administrada somente em testes clínicos.

“A ajuda já está a caminho. O SNS [Serviço Nacional de Saúde britânico] está preparado para começar a vacinar no início da próxima semana”, disse hoje o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.

Apesar da vacina, a população deve continuar a cumprir as regras sanitárias para tentar travar a pandemia, através do distanciamento social e máscaras, aconselham os peritos.