A chefe de gabinete do ministro João Galamba foi ouvida esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP, numa audição que ficou concluída já de madrugada. Conheça melhor os pormenores partilhados por Eugénia Correia durante a audição.
O que disse Eugénia Correia sobre o ex-adjunto de Galamba?
Sobre a saída do ex-adjunto com o computador do Estado, a chefe de gabinete de Galamba explicou que “Frederico Pinheiro foi instruído no sentido de não levar o computador que não lhe pertencia”. “E continuando a guardar o computador na mochila foi: dizendo vou levá-lo”, descreveu.
“Expliquei que não podia levar, que estava exonerado e não podia levar um computador do Estado. Quando o Dr. Frederico Pinheiro meteu o computador na mochila e passou para sair, tentei agarrar mochila. Nesse momento Frederico Pinheiro agrediu-me”, contou Eugénia Correia, contradizendo a versão contada por Frederico Pinheiro umas horas antes.
Depois do computador ter sido levado, como procedeu a chefe de gabinete?
A chefe de gabinete explicou que depois do computador do Estado ter sido levado pediu “uma chamada para o SIRP [Sistema de Informações da República Portuguesa]”. “Depois de ter pedido chamada para o SIRP, recebi chamada do SIS [Serviços de Informação e Segurança”]”.
“Reportei que tinha sido levado um computador no qual estavam documentos classificados, com informação muito relevante sobre uma empresa estratégica para o país [a TAP], por um adjunto previamente exonerado”, acrescentou.
Segundo Eugénia Correia “reporte foi feito sem prévio conhecimento do ministro das Infraestruturas”.
Eugénia Correia foi preparada para a audição?
Eugénia Correia garantiu que não houve reuniões de preparação da sua audição, mas admitiu troca de impressões. “Reuni documentação, procurei mensagens, telefonemas, não estou propriamente habituada a este tipo de intervenção e sim falei com muita gente, procurei documentos, procurei saber horas mais precisas”, disse a chefe de gabinete.
“A inquirição que me fizeram não era do meu conhecimento, não sabia que perguntas me iam fazer, não tive a ler respostas. Não sabia que perguntas me iam fazer. Não combinei respostas com senhor ministro”, referiu.
De recordar que no passado a ex-CEO da TAP admitiu ter combinado respostas para audição da TAP.
