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Rui Rio critica Fernando Medina por desvalorizar hipótese de cerca sanitária em Lisboa

O líder social-democrata diz que “todos temos momento menos felizes” e que o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, foi “particularmente infeliz” em dizer que a única intenção do autarca de Ovar, Salvador Malheiro, ao pedir uma cerca sanitária na cidade de Lisboa, era aparecer na televisão.
  • JOSE COELHO/LUSA
23 Junho 2020, 10h14

O presidente do PSD, Rui Rio, considera que o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, esteve “muito mal” em desvalorizar o pedido do autarca de Ovar, Salvador Malheiro, para que seja imposta uma cerca sanitária na cidade de Lisboa. O líder social-democrata diz que “todos temos momento menos felizes” e que Fernando Medina foi “particularmente infeliz” em dizer que a única intenção de Salvador Malheiro era aparecer na televisão.

“Fernando Medina esteve muito mal na resposta ao Presidente do Município de Ovar, Salvador Malheiro. Todos temos momentos menos felizes e hoje o Presidente da Câmara de Lisboa esteve particularmente infeliz”, escreveu Rui Rio, na sua conta oficial da rede social Twitter.

Em causa estão as declarações de Fernando Medina, em entrevista à TVI. “Salvador Malheiro estava com saudades de ir à televisão porque ele não faz ideia do que é Lisboa, que basta uma freguesia de Sintra para ser maior do que Ovar”, disse o autarca de Lisboa, depois de Salvador Malheiro ter sugerido que fosse criada uma cerca sanitária em Lisboa, tal como aconteceu em Ovar, para travar a contaminação comunitária de Covid-19.

Apesar de a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria dos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, Fernando Medina descartou a hipótese de uma cerca sanitária, lembrando que “as pessoas circulam livremente no país, sem fronteiras”. “Em Portugal, a circulação é totalmente livre. É normal que existam pessoas infetadas que vão em lazer para outros sítios, de fim de semana”, sustentou em entrevista à TVI.

O autarca defende, no entanto, que seja criado um quadro sancionatório para quem organiza e participa em festas que juntem muita gente e seja implementado um conjunto de medidas em Lisboa, tal como foi anunciado pelo Governo para toda a área metropolitana de Lisboa.

“Se mantivesse o limite de dez para o conjunto de aglomerações permitidas e não se estendesse aos 20, a proibição do consumo de álcool no espaço público e o fecho de todos os estabelecimentos às 20h00”, disse Fernando Medina.

Em reação às declarações de Fernando Medina, Salvador Malheiro escreveu na sua página oficial do Facebook que  o autarca de Lisboa foi “extremamente deselegante” e que não podia admitir “a falta de respeito para com o munícipio de Ovar”.

“Não deixa de ser curiosa, a sua opinião a meu respeito. Nomeadamente porque passa a vida a comentar, nas televisões, sobre assuntos que não domina. Não tem, aliás, qualquer pudor em se colocar em pose, atrás das câmaras, aquando da chegada de um qualquer avião carregado de EPIs”, escreveu Salvador Malheiro.

 

https://www.facebook.com/salvador.malheiro/posts/1456347614575393

 

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