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Rui Rio está “convencido” de que “vai haver maioria à esquerda”

Numa declaração à saída do Palácio de Belém, Rui Rio expressou vontade de fazer acordos pontuais com o PS para “reformas de ordem estrutural” e espera que o acordo que venha a ser firmado à esquerda não inviabilize esses entendimentos. Já sobre as críticas internas de que tem sido alvo, Rui Rio, recusou-se a comentar, dizendo que isso não falou com o Presidente da República.
8 Outubro 2019, 19h42

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, afirmou esta terça-feira que está “convencido” de que “vai haver maioria à esquerda” na próxima legislatura. Numa declaração à saída do Palácio de Belém, Rui Rio expressou a vontade de fazer acordos pontuais com o PS para “reformas de ordem estrutural” e recusou-se a comentar às críticas internas.

“Vai haver maioria à esquerda. É evidente que o desejo do PS é construir essa estabilidade com o BE e com o PCP, se possível, ou então só com o BE, se não for possível com o PCP. Era isso que era a minha convicção e que vejo nas notícias”, afirmou Rui Rio, à saída do Palácio de Belém, onde a delegação do PSD esteve reunida com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Rio afirmou ainda que espera que os acordos que o PS conseguir com os partidos à esquerda não travem as reformas estruturais que o PSD espera vir a negociar, como é o caso da descentralização e as reformas propostas no programa eleitoral social-democrata para o sistema de justiça e sistema político, bem como para a segurança social.

“São estrangulamentos ao desenvolvimento do país que existem. Devíamos ter feito ajustamentos, porque a sociedade vai mudando. Quando não fazemos ajustamentos, enquista e estrangula mais e, depois, tem de haver uma reforma de fundo”, afirmou Rui Rio. “Espero que o acordo que venha a ser firmado não inviabilize entendimentos que possam haver no futuro sobre essas matérias estruturais”.

O líder do PSD recusou ainda comentar as críticas internas que foram lhe dirigidas, após os resultados eleitorais deste domingo, dizendo que sobre isso não falou com o presidente da República.

A delegação do PSD a Belém esteve reunida com Marcelo Rebelo de Sousa durante pouco mais de meia hora para comentar resultados da eleições e os desafios da próxima legislatura. A acompanhar Rui Rio estiveram os vice-presidentes do partido Isabel Meirelles e Nuno Morais Sarmento, bem como o líder parlamentar social-democrata, Fernando Negrão, e o secretário-geral do PSD, José Silvano.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve a ouvir esta terça-feira a ouvir os dez partidos que vão compor a Assembleia da República na próxima legislatura, por ordem crescente de representação parlamentar. De manhã, ouviu o Livre, Iniciativa Liberal, Chega, PAN e PEV e, à tarde, o CDS-PP, BE e PSD. Segue-se agora a audição do PS.

O esperado é que Marcelo Rebelo de Sousa venha a indigitar ainda esta terça-feira António Costa como primeiro-ministro, ao abrigo do artigo 187.ª da Constituição da República Portuguesa.

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