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SAG quer sair de bolsa mas não consegue. AG desconvocada

A SAG acaba de comunicar a desconvocação da Assembleia Geral Extraordinária que estava previsto realizar-se no dia 12 de Abril. Tudo porque não consegue encontrar um único acionista disponível para adquirir, no prazo de três meses após o deferimento pela CMVM, os valores mobiliários pertencentes às pessoas que não tenham votado favoravelmente a deliberação da assembleia, conforme dita a lei.
9 Abril 2018, 18h12

A SAG GEST – Soluções Automóvel Globais, SGPS, acaba de enviar um comunicado à CMVM onde informa sobre a desconvocação da Assembleia Geral Extraordinária convocada para o dia 12 de Abril de 2018. Tudo porque não consegue encontrar um único acionista disponível para adquirir, no prazo de três meses após o deferimento pela CMVM, os valores mobiliários pertencentes às pessoas que não tenham votado favoravelmente a deliberação da assembleia, conforme dita a lei.

“A pedido do Conselho de Administração da SAG Gest – Soluções Automóvel Globais, SGPS, sociedade aberta, encontra-se convocada para o dia 12 de Abril de 2018 uma reunião da Assembleia Geral da Sociedade para deliberar sobre a perda da qualidade de sociedade aberta, nos termos e para os efeitos do disposto na al. b) do n.º 1 do art.º 27.º do Código dos Valores Mobiliários”, diz a empresa liderada por João Pereira Coutinho em comunicado.

“Entendia e entende o Conselho de Administração que a perda de qualidade de sociedade aberta é do interesse da Sociedade e dos seus accionistas, pelas razões constantes da proposta nesse sentido oportunamente disponibilizada”, lê-se no comunicado.

“Sucede, todavia, que não obstante as diligências efectuadas pelo Conselho de Administração, e contra as suas expectativas, não foi até ao momento possível identificar um accionista que aceitasse assegurar o cumprimento do disposto no art. 27.º, n.º 3, do Código de Valores Mobiliários (ou seja, que se obrigasse a adquirir, no prazo de três meses após o deferimento pela CMVM, os valores mobiliários pertencentes às pessoas que não tenham votado favoravelmente a deliberação da assembleia, mediante contrapartida calculada nos termos do artigo 188.º do Código de Valores Mobiliários, bem como a caucionar a referida obrigação por garantia bancária ou depósito em dinheiro efectuado em instituição de crédito)”, explica a empresa em comunicado.

De momento, “a solução alternativa consistirá, pois, em as referidas obrigações serem assumidas pela própria SAG Gest ou por alguma das suas subsidiárias, o que, todavia, não é praticável na presente data, devido à existência de impedimentos legais e de restrições contratuais à aquisição de acções próprias”, refere a empresa que importa as marcas Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini e Škoda.

Em consequência disso, o Conselho de Administração requereu hoje ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que desconvocasse a reunião da assembleia geral.

Em comunicado a empresa diz que a sociedade, dona da SIVA, “envidará os seus melhores esforços no sentido da remoção dos citados impedimentos tão rapidamente quanto possível, e, caso, por um lado, seja bem sucedida nesses esforços ou surja entretanto um accionista disposto a assegurar o cumprimento do disposto no art. 27.º, n.º 3, do Código de Valores Mobiliários”.

Por outro lado, “a perda de qualidade de sociedade aberta continuar, do ponto de vista do Conselho de Administração, a ser desejável, promoverá nova convocação da assembleia geral para deliberar sobre a matéria e sobre as eventuais medidas necessárias para o efeito que sejam da competência dos sócios”, lê-se na comunicação.

 

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