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São poucos os depósitos com retornos acima da inflação após corte nos juros

O JE consultou a melhor oferta de um total de 16 bancos, considerando as propostas mais rentáveis a seis e 12 meses para aplicações com um investimento mínimo de, no máximo, cinco mil euros euros. 
26 Abril 2024, 10h46

O corte nas taxas de juro dos depósitos fazem com que já existam poucos produtos de poupança com retornos acima da inflação, de acordo com um trabalho publicado esta sexta-feira no JE.

Assim, os Certificados de Aforro roubaram o protagonismo dos depósitos a prazo na primeira metade do ano passado, mas desde o corte nas taxas que perderam atratividade junto das famílias portuguesas. As aplicações comercializadas pelos bancos voltaram a conquistar poupanças à boleia das taxas atrativas que, entretanto, estão a deixar de o ser. Os juros têm vindo a encolher e deverão continuar a descer nos próximos meses, dado o esperado corte de taxas por parte do Banco Central Europeu (BCE). Conseguir um retorno real, acima da inflação, é um desafio e vai sê-lo ainda mais daqui em diante.

Os bancos, que automaticamente refletiram nos juros do crédito à habitação a subida das taxas do BCE, foram lentos no aumento dos juros dos depósitos a prazo. Acabaram por subi-los, também em reação à concorrência dos produtos do Estado, mas a taxa média apenas chegou aos 3,1% em dezembro de 2023. Desde então, a tendência tem sido de descida dos juros oferecidos neste que é o principal produto de poupança dos portugueses. De acordo com dados do Banco de Portugal, a taxa média caiu para 2,92% em janeiro, voltou a ceder para 2,81% em fevereiro e deverá continuar a baixar.

Essa descida é percetível através da consulta dos sites e preçários de taxas de juro das várias instituições financeiras no mercado nacional. O Jornal Económico (JE) consultou a melhor oferta de um total de 16 bancos, considerando as propostas mais rentáveis a seis e 12 meses para aplicações com um investimento mínimo de, no máximo, 5.000 euros.

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