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SeaTheFuture celebra 1º ano com angariação de 73 mil euros e integração do primeiro projeto em Portugal

Esta primeira iniciativa permitirá aos investigadores do projeto Tagus Seahorses comprovarem a existência de novas populações de cavalos-marinhos, contabilizar a sua densidade populacional, bem como identificar riscos dos habitats e mapear eventuais relocalizações para a sua conservação.
14 Abril 2024, 22h37

A plataforma SeaTheFuture – um projeto global de financiamento de projetos de conservação do Oceano que nasceu em Portugal e já tem o endorso do International Union for Conservation of Nature (IUCN), integrando a Species Survival Commission (SSC) – fez o balanço do seu primeiro ano.

Nos primeiros 12 meses, a SeaTheFuture angariou cerca de 73 mil euros “para os projetos de conservação que apoia e conquista a totalidade do valor de 26,5 mil euros para a primeira campanha do Programa Tatô, em S. Tomé e Príncipe”, lê-se no comunicado.

A plataforma comemora um ano de atividade com a integração do 10º projeto e o primeiro a atuar em território nacional: o projeto Tagus Seahorses, cuja missão é o levantamento populacional, estudo e proteção de cavalos-marinhos na zona de Almada, tendo também alcance nas zonas ribeirinhas de Lisboa, Oeiras e Barreiro.

Esta primeira iniciativa permitirá aos investigadores do projeto Tagus Seahorses comprovarem a existência de novas populações de cavalos-marinhos, contabilizar a sua densidade populacional, bem como identificar riscos dos habitats e mapear eventuais relocalizações para a sua conservação.

Estas medidas vão ainda permitir desenhar um plano de ação rumo à sua proteção.

“Os icónicos cavalos-marinhos são a nova espécie que vai apaixonar a comunidade do SeaTheFuture, que pode agora conhecer e apoiar o projeto Tagus Seahorses cuja missão é o levantamento populacional, estudo e proteção de cavalos-marinhos na zona de Almada, tendo também alcance nas zonas ribeirinhas de Lisboa, Oeiras e Barreiro”, segundo o comunicado.

Com uma campanha inicial no valor de 5.020 euros “o projeto irá realizar uma pioneira operação em diferentes localizações costeiras entre Paço d’Arcos, Doca de Stº Amaro, Terreiro do Paço, Parque das Nações, Seixal, Barreiro, Montijo, Samouco e Alcochete”.

“A introdução do projeto dos cavalos-marinhos no Tejo é especial, não só por ser o 10º projeto a entrar na SeaTheFuture e por ser português, mas por ser de uma espécie tão icónica e que ainda não estava representada na plataforma”, refere a plataforma. Recorde-se que na SeaTheFuture já era possível apoiar espécies como tartarugas, golfinhos-corcunda, petréis, abelhas para a conservação de mangais, tubarões-baleia, raias, focas-monge e corais.

Assunção Loureiro, fundadora e diretora-geral da SeaTheFuture, assinala que “estes primeiros 12 meses de atividade foram fundamentais para lançarmos as bases do que esperamos potenciar no futuro: um contributo evidente para um Oceano mais saudável e cheio de vida. Nesse sentido, queremos continuar a inovar e a diversificar abordagens, aumentando de forma consistente o número de apoiantes das nossas causas, bem como a diversidade de projetos à escala global”.

Gonçalo Silva, responsável do projeto Tagus Seahorses, diz que “os cavalos-marinhos da Trafaria vivem num ambiente muito degradado e é extremamente importante monitorizar e acompanhar as tendências populacionais ao longo do tempo para desenvolvermos ações de conservação e não perdermos esta população”.

“Através da colaboração com a Seathefuture vamos ter a oportunidade de explorar novos locais e possivelmente descobrir outros núcleos com importância para conservação”, conclui.

 

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