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Sector privado de educação dos nove da CPLP cria confederação para mundo lusófono

Associações nacionais do sector privado de educação dos nove países da CPLP assinam esta terça-feira, em Luanda, um Memorando de Entendimento para a criação da Confederação de Associações de Ensino Privado da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CAEP). Objetivo? Promover a liberdade de ensinar e educar e reforçar a cooperação para o desenvolvimento da educação no mundo lusófono.
23 Abril 2024, 09h30

Associações nacionais do sector privado da educação dos países da CPLP assinam esta terça-feira, 23 de abril, no Palmeiras Suite Hotel, em Luanda, um acordo de colaboração de constituição da Confederação de Associações de Ensino Privado da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CAEP). 

“Tínhamos esta ideia de juntar as associações de escolas privadas dos países de língua oficial portuguesa de forma a partilharmos não só aquilo que estamos a fazer todos, mas porque juntos, seguramente, teremos mais capacidade de ser relevantes em cada um dos nossos países”, afirma Rodrigo Queiroz e Melo, diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Privado (AEEP), ao Jornal Económico.

Já existem relações bilaterais entre várias associações de diferentes países, o passo que agora se dá vai mais adiante. Junta todas as associações dos nove países e os seus representantes num orgão de cúpula.

“É bom conversarmos com pessoas que, como nós, estão num esforço constante de melhoria, de encontrar novas formas, de ir ao encontro das necessidades das famílias e de onde podemos tirar boas ideias e boas práticas”, adianta o presidente da AEEP. 

Para algumas associações, acrescenta, é também “uma oportunidade de encontrar parceiros que estão num estádio de desenvolvimento do ensino privado maior, podendo tirar ideias para nas suas relações com os seus governos, tentarem melhorar. Muitas vezes, os países têm soluções diferentes na regulação do particular e cooperativo que é importante conseguir perceber”.

Também no que se refere ao  desenvolvimento da educação, refere Rodrigo Queiroz e Mello, “o sector privado acaba por ter uma possibilidade, um enquadramento que o torna por natureza mais dinâmico, mais inovador”.

Em linha com a Declaração da XIV Conferência de Chefes de Estados e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que incentivou o desenvolvimento e implementação de programas na área da educação, a CAEP tem como objetivo principal promover a liberdade de ensinar e de educar e reforçar a cooperação para o desenvolvimento da educação nos diferentes países de língua portuguesa.

António Pacavira, presidente da associação angolana e grande impulsionador da iniciativa, vai liderar a CAEP. 

No dia seguinte à Assinatura do Memorando de Entendimento e do Projeto de Estatutos, os representantes das associações nacionais promovem a 1.ª Conferência Internacional da recém-criada Confederação, subordinada ao tema “O futuro da Educação Privada nos países da CPLP” .

Nesta Conferência, os participantes deverão expor a sua visão sobre o papel que a CAEP pode desempenhar no setor da educação dos países membros. Aberta a líderes, educadores e profissionais da área da Educação de toda a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, esta Conferência tem ainda como como objetivos promover a discussão e troca de experiências internacionais sobre os desafios e oportunidades que estão a surgir na área da educação, bem como dar a conhecer projetos inovadores nesta área.

 

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