A Sovena, proprietária de marcas de azeite e óleo como Oliveira da Serra ou Fula, investiu seis milhões de euros numa fábrica de óleo de abacate na Colômbia, cuja atividade de produção já arrancou, anunciou esta sexta-feira a empresa portuguesa da holding Nutrinveste.
Em causa está um negócio ligado à economia circular, uma vez que faz o aproveitamento de abacate que é descartado enquanto fruto para fabrico de óleo de abacate, que tem propriedades nutricionais. O objetivo da Sovena é produzir dois milhões de litros por ano numa fase inicial.
“A Colômbia tem características particulares que a tornam um país interessante quer pelas condições naturais favoráveis à produção de abacate – é, neste momento, o segundo maior produtor mundial – quer pela estratégia de captação de investimento no país, que tornou o negócio viável e atrativo”, afirma João Basto, diretor da área de inovação e sustentabilidade da Sovena (New Ventures) e responsável pelo projeto na Colômbia.
A operação colombiana da empresa que pertence à holding agroalimentar do grupo Jorge de Mello conta com 20 trabalhadores permanentes e cerca de 260 produtores que têm uma colaboração regular. Já a fábrica insere-se num edifício que dispõe de sistemas de ventilação natural para regular a temperatura no interior.
Segundo João Basto, a produção colombiana da Sovena “tem a particularidade interessante” de se caracterizar pela compra do abacate que, tipicamente, já não tem aproveitamento para outros objetivos, mas se encontra “em excelentes condições para a transformação em óleo”. “Esta lógica circular deixa-nos muito satisfeitos, pois conseguimos transportar todos os princípios de sustentabilidade da Sovena, que já aplicamos nos mercados onde operamos, para este novo negócio”, diz.
“A escolha do país e da matéria-prima prende-se com uma estratégia de diversificação de negócio e de geografias, com um foco especial na exportação para o mercado dos Estados Unidos”, reforça a Sovena, em comunicado divulgado esta manhã aos meios de comunicação social.
O investimento faz parte de um pacote de 50 milhões de euros previstos para 2023, de acordo com a informação transmitida este verão pelo CEO, Jorge de Melo, ao “Jornal de Negócios”.
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