[weglot_switcher]

Transtejo diz que navios elétricos conseguem ser carregados em seis minutos (com áudio)

A empresa vai receber este ano os primeiros quatro navios, mas ainda não há data para a entrada em operação.
10 Março 2023, 08h00

A Transtejo diz que os seus 10 futuros navios elétricos vão conseguir ser carregados em seis minutos, no formato carga rápida.

“A bateria da nova frota elétrica tem uma autonomia (comprovada pela Sociedade Classificadora em testes reais) superior a 1 hora e 20 minutos, à velocidade de serviço (16 nós) [cerca de 30 km/h]”, disse fonte oficial da Transtejo em resposta às perguntas colocadas pelo Jornal Económico.

Sobre os tempos de carga, a empresa pública avança que “em carregamento lento, a recuperação da totalidade da carga a partir do nível mínimo de segurança é de 8 horas. Já em carregamento rápido, entre carreiras, prevê-se a média 6 minutos para carregar as baterias”.

A Transtejo adianta que espera receber o primeiro navio até ao “final deste primeiro trimestre. E, até final do ano, prevê-se a entrega de mais três navios, por parte do estaleiro”.

“A entrada ao serviço dos novos navios elétricos ocorrerá após a sua chegada, registo com bandeira portuguesa e formação das respetivas tripulações, não se encontrando, ainda, estabelecida uma data efetiva para tal”, adianta.

As cinco estações de carregamento rápido deverão estar operacionais durante o segundo semestre deste ano, e ficarão localizadas nos terminais fluviais do Seixal, Cais do Sodré, Montijo e Cacilhas.

“Até lá, durante a fase de formação das tripulações, será utilizado um sistema de carregamento lento, na doca sita em Cacilhas”, adianta.

Segundo os dados do construtor, os estaleiros Gondan localizado no norte de Espanha, os navios vão ter um comprimento de 40 metros, com capacidade para 544 passageiros. Na versão do estaleiro asturiano, a sua autonomia é menos generosa: atinge os 70 minutos à velocidade cruzeiro.

O Governo vai investir mais de 85 milhões de euros para comprar estes dez navios elétricos, os carregadores e as baterias. Para 2024, está prevista a entrega de mais quatro navios, com os restantes dois a chegar em em 2025.

O ministro do Ambiente admitiu no Parlamento que as operações fluviais no Tejo têm vários problemas. “Temos de reconhecer que existe um problema na operação da Transtejo e da Soflusa, empresas que asseguram as ligações fluviais entre Lisboa e o Montijo, Barreiro, Seixal e Almada. Ao dizer isto, o Governo está a reconhecer a existência de um problema que tem trabalhado para ultrapassar em três dimensões: de frota, de operação e de recursos humanos”, afirmou no início de fevereiro citado pela “Lusa”.

“Em Cacilhas são necessários três cacilheiros, mais um de reserva, havendo dois. Em maio teremos três e em junho quatro. No Montijo e Seixal são necessários 2+1, temos dois, até maio três. Já na Trafaria temos 1+1 e neste momento temos um, não há reserva”, acrescentou.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.