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Trump acusa a OPEP de “enganar o mundo” para subir preços do petróleo

Presidente norte-americano tem sido um crítico do acordo de cortes de produção petrolífera, implementada pela OPEP. Nas Nações Unidas, voltou a tecer duras críticas contra a organização.
25 Setembro 2018, 19h08

O presidente dos Estados Unidos voltou a fazer fortes acusações contra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Na Organizações das Nações Unidos Donald Trump afirmou, esta terça-feira, que o cartel está a enganar o mundo ao subir artificialmente os preços do petróleo.

“A OPEP e as nações que a compõem estão a enganar o resto do mundo. Não gosto disso”, afirmou o presidente dos EUA. “Protegemos muitas dessas nações em troca de nada, e elas aproveitam-se de nós impondo preços elevados para o petróleo, o que não é bom”.

O norte-americano tem sido um crítico do acordo de cortes de produção petrolífera, implementada pela OPEP e outras nações produtoras no início do ano passado para reduzir a diferença entre oferta e procura de petróleo e, consequentemente, levar a uma subida gradual dos preços.

O valor da matéria-prima tem estado em destaque depois de ter ultrapassado os 80 dólares, na segunda-feira, pela primeira vez desde maio. Por trás da subida estão três fatores: a perspetiva de uma queda na produção nos Estados Unidos, a decisão da OPEP e outros produtores de manter a oferta ao nível atual e as sanções norte-americanas ao crude iraniano.

A Arábia Saudita, que lidera a OPEP, e a Rússia rejeitaram este domingo um aumento na produção, negando assim o pedido de Donald Trump de medidas para reduzir o preço do petróleo. “Eu não influencio os preços”, disse Khalid al-Falih, ministro da energia saudita, após uma reunião na Argélia que terminou sem qualquer recomendação para um aumento adicional da produção.

Apesar do apelo de Trump, a perspetiva é de um continuar das subidas dos preços. Esta terça-feira, o crude WTI negociado em Nova Iorque avança 0,15% para 72,19 dólares por barril, enquanto o brent sobe 0,88% para 81,24 dólares por barril.

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