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Ulisses Correia: “É preciso investir mais nas posturas municipais e na autonomia das famílias”

O primeiro-ministro de Cabo Verde disse afirma que toda a estratégia de desenvolvimento do país tem “necessariamente” de se basear em horizontes temporais de longo prazo para atingir objetivos com “consistência, perseverança e atitude empreendedora”.
  • José Sena Goulão / Lusa
10 Julho 2019, 11h55

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse esta terça-feira, no Sal, que toda a estratégia de desenvolvimento do país tem “necessariamente” de se basear em horizontes temporais de longo prazo para atingir objetivos com “consistência, perseverança e atitude empreendedora”.

Ulisses Correia e Silva teceu essas considerações na abertura da III Cimeira Internacional dos Líderes Locais a que presidiu, e decorrerá durante três dias na cidade de Santa Maria, sob o tema: “O território como espaço de inovação para a concretização da Agenda 2030”.

“Os territórios de um país são na realidade, os espaços onde as coisas acontecem, onde as pessoas vivem, os investimentos são realizados, os serviços são prestados, e onde o ambiente social, cultural, e a atratividade, quer económica quer social, pode ser boa ou pode ser má”, apontou.

Fazendo essa leitura, o chefe do governo cabo-verdiano sublinhou que a necessidade de “boas sinergias” entre os poderes central e local “é importantíssimo” para a competitividade, coesão social e territorial.

Nesta medida, e destacando o tema do encontro, Ulisses Correia e Silva disse que os painéis escolhidos para esta cimeira não podiam ser mais “pertinentes e adequados”. “Além de necessários investimentos em infraestruturas de requalificação urbana e ambiental, de tornar os bairros agradáveis e atractivos e de facilitar a mobilidade, é preciso investir muito mais nas posturas municipais e na autonomia e autossuficiência das famílias”, disse.

“É preciso investir em novas atitudes, mais sustentáveis. Quebrar a ideia de que descentralizar é distribuir dinheiro do governo central, que tem um grande cofre, para o governo local que tem um pequeno”, acentuou.

O governante concluiu a sua intervenção anunciando que reformas políticas estão a ser empreendidas para tornar o ambiente económico e de negócios mais favoráveis para o efeito, ao nível dos transportes, energia, água, administração pública, fiscalidade e do financiamento

Organizada pela Associação Nacional dos Municípios Cabo-verdianos (ANMCV), pelo governo de Cabo Verde e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esta cimeira realiza-se no âmbito da implementação do Programa Plataformas para o desenvolvimento local e objetivos 2030 em Cabo Verde. Esta é uma iniciativa do programa do governo local, gerido pelo PNUD e financiado pelo Grão-Ducado do Luxemburgo.

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