Há hoje em Portugal mais de 420 mil estrangeiros e se até ao ano 2000, a população estrangeira em Portugal nunca representou mais do que 2% da população total residente, em 2017, já representava cerca de 4%, sendo que o grande salto ocorreu em 2001, segundo apurou a Pordata, projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, na mais recente análise estatística sobre a população portuguesa.
A população estrangeira com estatuto legal de residente em Portugal aumentou nos últimos dois anos (2016 e 2017) depois de um decréscimo continuado desde 2010 (inclusive). Ainda assim, são menos cerca de 35 mil estrangeiros em relação ao valor de 2009 (451.742), o mais alto das últimas décadas.
Os brasileiros são a comunidade estrangeira mais representativa em Portugal: 20%. Seguem-se os cabo-verdianos, ucranianos, romenos, chineses e ingleses. Estas seis nacionalidades correspondem a mais de metade da população estrangeira com estatuto legal de residente em Portugal (54,3%).
Foi ainda apurado que cerca de 1 em cada 5 estrangeiros residentes (19%) são dos países de língua oficial portuguesa. Em 1980, estes representavam cerca de metade dos estrangeiros residentes em Portugal (48%), destacando-se os cabo-verdianos (41,4%).
Esta análise detalha ainda que os estrangeiros foram sempre maioritariamente homens mas, desde 2012, essa situação inverteu-se e as mulheres representam hoje 51,1% da população estrangeira.
Ainda assim, e especificamente no plano europeu (UE28), Portugal é o 8.º país com mais baixas percentagens de estrangeiros residentes: representam cerca de 4% do total da população residente de Portugal. O país com maior percentagens de estrangeiros residentes é o Luxemburgo (48%) e os menores são: Polónia, Roménia e Lituânia (menos que 1%).
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