A zona euro deverá fechar o ano com 5,0% de inflação, de acordo com a estimativa rápida do Eurostat conhecida esta sexta-feira. Este valor constitui mais uma subida no indicador em relação a novembro, quando a taxa de variação homóloga de preços foi de 4,9%. A confirmar-se a estimativa rápida do Eurostat, este é o sexto mês consecutivo de aumentos na taxa de inflação e mais um máximo na série.
Para Portugal, o gabinete de estatística da UE estima a mesma taxa de inflação que o INE, ou seja, 2,8%. Este é o segundo valor mais baixo do espaço da moeda única, com apenas Malta a conseguir menos pressão sobre os preços, com 2,6% de inflação.
Em sentido inverso, a Estónia lidera esta lista, com o seu índice de preços no consumidor a acelerar 12,0% no ano agora terminado. Segue-se a Lituânia, com 10,7%, com a Letónia a fechar o top-3, registando 7,7% de variação.
A pressão nos preços no Velho Continente continua a ser causada sobretudo pelos bens energéticos, uma componente que acelerou 26% em dezembro. Ainda assim, em novembro o resultado havia sido ainda mais expressivo, com 27,5%. Já os bens alimentares, bebidas e tabaco registaram 3,2% de aumento homólogo de preços. Assim, a taxa de inflação subjacente, ou seja, descartando estas duas rubricas, ficou-se pelos 2,6%, o mesmo valor registado no mês anterior.
Apesar de outras economias, como a norte-americana ou a britânica, terem já optado por reverter os programas de compras de ativos de emergência e anunciado aumentos das taxas de juro diretoras, o Banco Central Europeu tem reiterado a necessidade de manter o apoio na zona euro, não perspetivando qualquer mudança de política neste sentido.
[notícia atualizada às 10h16]
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