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Secretaria da Saúde diz que dará “resposta e tratamento específico” a “acusações infundadas” sobre Unidade de Medicina Nuclear

Em causa está a reportagem efetuada pela TVI que envolve a Unidade de Medicina Nuclear e a ligação com a Quadrantes.
20 Fevereiro 2019, 16h02

A Secretaria Regional da Saúde afirmou que vai dar uma “reposta e tratamento específico” nos órgãos competentes às “acusações infundadas, declarações falsas, e ofensas à credibilidade”, contidas na reportagem da TVI, que aborda a Unidade de Medicina Nuclear do Serviço Regional de Saúde (SESARAM) e a ligação com a Quadrantes.

É esclarecido pela Secretaria da Saúde que é assegurada desde 2009 uma parceria com a empresa Quadrantes na Região, uma empresa privada “prestadora de um serviço inexistente” no Serviço Regional de Saúde, Radioterapia.

“A Quadrantes na Madeira disponibiliza tratamentos de radioterapia aos doentes da RAM, permitindo-lhes o acesso rápido às mais avançadas tecnologias de tratamento do cancro, melhorando o seu prognóstico e qualidade de vida”, diz a Secretaria Regional.

O esclarecimento refere ainda que desde 2009 até 31 de dezembro de 2018 já se assegurou “uma resposta a 4.558 doentes”, algo que não existe antes de 2009 e que “obrigava à deslocação e ao encaminhamento de doentes oncológicos” para o Continente português.

“De 2009 a 2018 foi já possível tratar com radioterapia 4558 doentes oncológicos, que corresponde a 116.438 tratamentos. Uma média de 500 doentes e mais de 10.500 tratamentos por ano. Ao abrigo desta relação público-privado a Radioterapia representa 90% do valor faturado pela Quadrantes ao SESARAM. Os restantes 10% referem-se aos exames na área da Medicina Nuclear; Cintigrafias, Renogramas entre outros, que no seu conjunto, totalizam cerca de 4.400 exames em 10 anos”, acrescenta.

A Secretaria Regional diz ainda que no SESARAM, existe uma Unidade de Medicina Nuclear, que foi “inaugurada em 2013, licenciada em 2015 pela DGS e com inicio de atividade nesta área em 2017”, e que esta unidade tem disponíveis quatro e não dois, como diz a reportagem, que são: “Cintigrafias; Linfocintigrafias; Tomografias; Osteodensitometria”.

Este estudos são os possíveis, sublinha a Secretaria da Saúde, face ao “número reduzido” de especialistas.

“Apesar das limitações da equipa, nesta Unidade de Medicina Nuclear, e ao contrário do que foi afirmado na reportagem, já foi possível realizar em 15 meses de atividade mais de 3.600 exames/ estudos, o que significa que cerca de 50%  destes exames deixaram de ser na Quadrantes”, diz a Secretaria Regional.

A intenção é reforçar a equipa da unidade nuclear desde 2017, refere a Secretaria da Saúde, que é composta por é composta por “1 médico; 2 técnicos (sendo que 1 está ausente por questões de maternidade); 1 enfermeiro; 1 assistente técnica; 2 assistentes operacionais; 1 farmacêutico a tempo parcial; e um físico” que colabora a tempo parcial.

“A 23 de Agosto de 2018, o SESARAM promoveu a abertura de uma oferta de emprego para recrutamento mas o concurso ficou deserto”, explica.

É ainda dito que a relação existente entre o SESARAM e a Quadrantes “está regulamentada”, e que os valores praticados com esta entidade “estão devidamente tabelados” e são alvo de “auditorias prévias pelas entidades competentes” para tal.

“A Quadrantes é um parceiro do SESARAM existente desde 2009 que nos garante confiança e qualidade. Para a Região e para os doentes oncológicos é uma mais valia puder usufruir da maioria dos serviços disponíveis, inexistentes no serviço público”, reforça a Secretaria da Saúde.

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