Maiores bancos dos EUA devem alcançar lucros de 31 mil milhões no último trimestre de 2024

Os lucros dos seis maiores bancos norte-americanos em ativos devem subir para 31 mil milhões de dólares nos últimos três meses de 2024, depois de a vitória de Donald Trump nas presidenciais dos EUA ter dado um impulso à atividade de corretagem.

Os resultados do JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley devem ter crescido 16% no quarto trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isto depois de se excluir quase 10 mil milhões de dólares em contribuições para o fundo de garantia de depósitos no final de 2023 para cobrir os custos com a falência de bancos regionais nesse ano, de acordo com dados da Bloomberg citados pelo Financial Times.

Este crescimento deve observar-se à boleia de um aumento de volatilidade no mercado antes das eleições nos EUA, a 5 de novembro, e de uma subida acentuada das ações nas semanas seguintes. Vários bancos, como foi o caso do Citi e do JPMorgan, afirmaram que o aumento da atividade de corretagem no final do ano impulsionou as contas.

“Foi um final de ano muito forte para os mercados de capitais”, afirmou Scott Siefers, analista da Piper Sandler, ao jornal, notando que, “em relação à margem de lucro”, os “bancos têm beneficiado dos juros [ainda] elevados, mas foram capazes de reduzir os custos com depósitos à boleia [do corte de juros] da Reserva Federal dos EUA”.

As projeções no mercado apontam para que as maiores instituições financeiras nos EUA tenham obtido quase 24,5 mil milhões de dólares em receitas com o negócio de corretagem.

Já as comissões no segmento da banca de investimento devem ter aumentado quase 30% entre os seis maiores bancos norte-americanos, para quase 8,4 mil milhões de dólares. Uma evolução que se verifica num período em que houve mais emissões de dívida, mas também um crescimento ligeiro das operações de fusão e aquisição.

Para 2025, os investidores estão a apostar que a descida das taxas de juro e um alívio das regras aplicadas ao setor bancário defendido por Donald Trump poderão impulsionar o crescimento da concessão de crédito em todos os bancos.