Em declarações ao diário francês “Le Monde”, Marine Le Pen avançou que, caso seja eleita Presidente de França, vai criar um imposto a quem assine contrato com empregados estrangeiros. “Nós vamos criar uma taxa sobre todos os novos contratos com empregados estrangeiros”, referiu ao jornal.
Na entrevista publicada esta quinta-feira, a candidata às eleições presidenciais francesas, Marine Le Pen justificou a decisão com os planos que tem para dar “prioridade nacional ao emprego”. Se conseguir liderar o Executivo francês a candidata de extrema direita quer impedir que os patrões contratem imigrantes com o intuito de ter mão de obra mais barata.
Questionada sobre a recusa de pagar 300 mil euros ao Parlamento Europeu pelo alegado emprego fictício de um dos seus assistentes, Marine Le Pen afirmou que a instituição europeia é uma estrutura política que decidiu encetar “contra os patriotas” que são os franceses um “combate sem prisioneiros”. De acordo com a dirigente política, o Parlamento Europeu “não suporta a ideia de que pode haver uma oposição dentro dele”.
“Nós somos deputados eleitos pelo povo para o defender. Permitir que se viole a integridade de todas as regras que sustentam a nossa justiça para tentar impedir um membro de exercer o seu mandato é algo extremamente grave”, acrescentou a líder da Frente Nacional.
Ao “Le Monde”, Marine Le Pen realçou ainda que vai levar adiante dois referendos, onde se inclui um sobre a integração do país na União Europeia, seguindo o exemplo de 23 de Junho do Reino Unido, e outro para dar início a alterações à Constituição de França.
O programa de Marine Le Pen será apresentado este fim de semana na cidade de Lyon e um dos princípios da candidata centra-se na seguinte ideia: “A palavra para o povo e a democracia de proximidade”.
A última sondagem da francesa Elabe para o jornal económico “Les Echos”, que veio a público esta quarta-feira, dia 1, indicou que Marine Le Pen se encontra com cerca de 27% das intenções de voto e que Emmanuel Macron está em segundo lugar com aproximadamente 23%. O candidato François Fillion sofreu uma queda de cinco a seis pontos percentuais nas intenções de voto, comparativamente ao mês de janeiro, registando 19% a 20% dos votos (com ou sem a candidatura de François Bayrou) e Benoît Hamon teve um acréscimo de 10 a 11 pontos em relação a janeiro, à frente de Jean-Luc Mélenchon.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com