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Administradores Hospitalares saúdam reforço na saúde e novo modelo de financiamento

A Associação dos Administradores Hospitalares saudou esta terça-feira o reforço do orçamento para a saúde e considerou “bastante positivo” o novo modelo de financiamento que está previsto para 11 hospitais públicos.
16 Outubro 2018, 10h37

Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), entende que o novo modelo de financiamento proposto no Orçamento do Estado para 2019 para um grupo de 11 hospitais é o caminho a seguir, através de uma responsabilização dos gestores.

Em declarações à agência Lusa, o representante dos administradores hospitalares considerou “muito positivo” o crescimento do financiamento para a área da saúde, embora ressalve que é ainda preciso compreender como é que as verbas vão ser alocadas no sistema, indicando que é necessário aguardar por mais detalhes na discussão do documento no parlamento.

Segundo a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019, onze hospitais públicos vão ter um novo modelo de financiamento que passa por responsabilizar os gestores mediante o seu desempenho, enquanto outras unidades menos eficientes vão ser acompanhadas por peritos em gestão hospitalar.

Haverá um grupo de 11 hospitais identificados como mais eficientes com um reforço orçamental, uma verba mais alinhada com a sua dimensão.

Com estes hospitais, não identificados no documento, vai ser assinado até fim do próximo ano um contrato de gestão para responsabilizar os gestores dos hospitais, com incentivos ou penalizações baseados no seu desempenho assistencial e económico-financeiro.

No âmbito de um projeto piloto que divide os hospitais em três grupos, haverá ainda um segundo grupo de hospitais, com eficiência considerada “média”, que terá um “acompanhamento regular através da monitorização dos objetivos”. O objetivo é que melhorem a sua eficiência e venham a ser elegíveis para ter um reforço orçamental no futuro.

Num terceiro grupo de hospitais, com eficiência considerada “baixa”, o seguimento e acompanhamento será “mais sistemático” e feito por peritos de gestão hospitalar no terreno.

O objetivo é quebrar ciclos de endividamento e “identificar e apoiar a implementação de medidas concretas de melhoria da eficiência”.

Neste sentido, o Governo vai preparar um sistema de acompanhamento mensal da situação económico-financeira de todos os hospitais, em colaboração com a Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental e a Administração Central do Sistema de Saúde.

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