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Adoções na IURD: PGR investiga atuação do Ministério Público

A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito para investigar como atuou o Ministério Público no caso das adoções do lar da IURD, revelou a PGR em comunicado.
19 Dezembro 2017, 18h10

De acordo com um comunicado emitido pela Procuradoria-Geral da República foi instaurado um inquérito-crime para investigar os factos ocorridos e o enquadramento jurídico-criminal dos mesmos. Este processo é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e encontra-se em segredo de justiça.

“Assim, por considerar que a atuação funcional do Ministério Público no âmbito deste universo de processos não pode deixar de ser objeto de análise, a Procuradora-Geral da República determinou a abertura de um inquérito com vista a averiguar a eventual existência de procedimentos incorretos ou irregulares. Este inquérito encontra-se previsto no art.º 211º do Estatuto do Ministério Público e tem por finalidade a averiguação de factos determinados”, informa o mesmo comunicado.

A TVI tem vindo a exibir uma série de reportagens denominada “O Segredo dos Deuses”, na qual noticia que a IURD esteve alegadamente relacionada o rapto e o tráfico de crianças nascidas em Portugal.

Os supostos crimes teriam acontecido na década de 1990 com crianças levadas para um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.

Na semana passada, o MP havia anunciado a abertura de um inquérito sobre a alegada rede de adoções ilegais de crianças portuguesas ligadas à IURD.

Segundo informações avançadas pela TVI, a IURD tem atualmente nove milhões de fiéis, espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.

Esta igreja evangélica foi fundada no final da década de 1970 e é liderada pelo bispo Edir Macedo, considerado um os homens mais ricos do Brasil.

A IURD refuta as acusações de rapto e de um esquema de adoção ilegal de crianças portuguesas e considera-as fruto de “uma campanha difamatória e mentirosa”.

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