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Aguiar-Branco quer ser “gerador de consensos” para permitir levar legislatura até ao fim

O novo presidente da Assembleia da República prometeu exercer o seu mandato num “registo de lealdade, rigor e equidistância” entre os deputados, justificado com a necessidade de um “gerador de consensos”.
27 Março 2024, 23h50

O presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, propôs-se hoje ser um “gerador de consensos” para dar resposta aos problemas e anseios dos portugueses e levar a legislatura até ao fim.

“Não antecipo nem ansiedades, nem preocupações, nem problemas”, afirmou José Pedro Aguiar-Branco, que foi eleito na quarta-feira presidente do parlamento, à quarta tentativa, para um mandato de dois anos, que será depois passado ao PS.

Em entrevista à SIC-Notícias, Aguiar-Branco lembrou que o parlamento tem nesta legislatura uma geometria inabitual, com mais partidos, o que obriga à procura de consensos para corresponder às expectativas dos portugueses.

O novo presidente da Assembleia da República prometeu exercer o seu mandato num “registo de lealdade, rigor e equidistância” entre os deputados, justificado com a necessidade de um “gerador de consensos”.

“A minha relação vai ser igual com todos os senhores deputados, não faço distinção”, sublinhou, garantindo que não irá fazer discriminações “nem positivas nem negativas em relação a qualquer deputado ou grupo parlamentar”.

Recusando-se a fazer qualquer avaliação do passado, ou até a falar em nome do partido a que pertence (PSD), José Pedro Aguiar-Branco considerou que num parlamento de geometria diferente da habitual, com muitos partidos, “é normal” que exerça o seu mandato de forma diversificada.

Quanto à necessidade de várias eleições, quatro, até à sua eleição, admitiu que teria sido “melhor que não tivesse acontecido”, embora considerando que “está reposta a autoridade democrática”.

“Antecipo um mandato que é condicionado por esta assembleia, que tem esta geometria, mas quando me candidatei sabia que ela existia”, disse, defendendo mais uma vez que a Assembleia precisa de consensos para que os problemas dos portugueses possam ser resolvidos.

Para Aguiar-Branco, “o interesse nacional é uma legislatura de quatro anos”.

“Fomos eleitos para quatro anos, a expectativa do povo português é que seja possível governar quatro anos”, sublinhou.

Resumindo, Aguiar-Branco definiu o que propõe para o seu mandato: “servir o melhor que possa e saiba, dignificar a Assembleia da República e contribuir para um melhor funcionamento da democracia”, em suma, “cuidar da democracia para que ela não se parta”, concluiu, citando o social-democrata portuense Miguel Veiga.

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