[weglot_switcher]

Ampliação de estímulos monetários não está a ser equacionada pelo BCE, sublinha Luis de Guindos

“Ainda não gastámos todas as munições. Vamos prolongar o programa pelo menos até meados de 2021 e, se necessário, poderemos ajustá-lo e recalibrá-lo no futuro”, segundo o vice-presidente do BCE à “Market News International”.
1 Outubro 2020, 15h43

O BCE não está a equacionar a ampliação de estímulos monetários pelo que, por enquanto, e de acordo com a posição avançada por Luis de Guindos, vice-presidente da instituição, não será necessário ampliar as compras da dívida pública e privada aprovadas para fazer frente à crise económica provocada pela pandemia, referiu o espanhol em entrevista à “Market News International”, citado pela agência EFE.

De Guindos referiu que o programa de compra de dívida de emergência para a pandemia “é um programa de emergência, temporário, feito à medida para enfrentar a pandemia”.

Recorde-se que o BCE optou pela compra da dívida da Zona Euro no valor de 1,35 biliões de euros até ao final de junho de 2021 e, de acordo com De Guindos, tem disponível mais de metade desse volume.

“Ainda não gastámos todas as munições. Vamos prolongar o programa pelo menos até meados de 2021 e, se necessário, poderemos ajustá-lo e recalibrá-lo no futuro”, segundo o vice-presidente do BCE à “Market News International”.

“Ainda não tomámos uma decisão e, na minha opinião, não é necessário tomar uma imediatamente”, afirmou De Guindos.

Apesar do crescimento dos casos de infeção diários em vários países da Europa, que de Guindos apelidou de estarem a crescer a um ritmo preocupante, o espanhol acredita que “a maioria dos Governos rejeitou a ideia de um confinamento como o de março”.

“Parece que entramos numa segunda vaga de contágios, mas talvez os Governos tenham entendido que um confinamento tão generalizado como o que tivemos há meses atrás seria um desastre total para a economia. Assim, os governos estão a tentar combinar o elemento de saúde pública da pandemia com manter economias abertas”, referiu de Guindos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.