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Apple superou expectativas mas iPhones voltaram a desiludir

O crescimento do segmento dos serviços, como a Apple Music, dos acessórios da marca, do iPad e do Mac apoiaram a subida de 1% nas receitas trimestrais da empresa. Os telemóveis não tiveram o mesmo desempenho: as vendas recuaram 12%, para 25,99 mil milhões de dólares.
31 Julho 2019, 07h46

“Este foi o nosso maior trimestre de junho de todos os tempos”, disse Tim Cook, na divulgação dos últimos resultados financeiros da Apple. Para conquistar os mais céticos, a Apple quis reforçar a ideia de que já não é apenas uma empresa de hardware. A tecnológica norte-americana reportou uma receita recorde no segmento de serviços (que inclui a Apple Music e a App Store) de 11,46 mil milhões de dólares (10,27 mil milhões de euros), mais 12,5% do que no mesmo período do ano passado.

A divulgação de resultados da Apple costuma ser uma das mais aguardadas da earnings season, e este ano não foi exceção. A maior dúvida em cima da mesa era se a ‘cartada’ dos serviços era suficiente para compensar a desaceleração nas vendas de telemóveis e o impacto da guerra comercial com a China, que fizeram tremer os investidores nos três meses anteriores. A generalidade dos analistas antecipava uma queda de 12% nas receitas obtidas com a venda de iPhones. A aposta foi certeira: o valor das vendas foi exatamente de menos 12%, recuando para 25,99 mil milhões de dólares (cerca de 23,30 mil milhões de euros).

Ainda assim, a Apple superou as estimativas do mercado quer nos lucros quer nas receitas do segundo trimestre de 2019, tendo registado um lucro por ação de 2,18 dólares (-7%) e receitas de 53,8 mil milhões de dólares (cerca de 48,2 mil milhões de euros), o que corresponde a uma subida de 1%. Além da categoria de serviços, o crescimento foi essencialmente impulsionado pelos wearables e acessórios, iPad e Mac.

Luca Maestri, diretor financeiro da Apple, realçou que o desempenho da empresa melhorou em termos nominais e gerou um “forte” fluxo de caixa de 11,6 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros). “Devolvemos mais de 21 mil milhões de dólares aos acionistas ao longo do trimestre, incluindo 17 mil milhões de dólares através de recompra de mercado de quase 88 milhões de ações da Apple e 3,6 mil milhões de dólares em dividendos e equivalentes”, disse.

A Apple espera fechar o quarto trimestre, que termina em setembro, com receitas entre os 61 e os 64 mil milhões de dólares (55 e 57 mil milhões de euros) – um valor igualmente acima do consenso do mercado, que apontava para os 60 mil milhões de dólares (54 mil milhões de euros). “Estamos confiantes naquilo que está por vir. O balanço do calendário de 2019 será um período empolgante, com grandes lançamentos em todas as nossas plataformas, novos serviços e vários novos produtos”, completou o CEO.

Após publicar o relatório e contas do terceiro trimestre fiscal, finalizado a 29 de junho, as ações da Apple estiveram a subir 3,1% em after-hours, para 215,25 dólares.

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