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Associação Pequena Pesca de Cerco contra existência de zonas de interdição de captura de sardinha

Associação não vai estar presente na próxima reunião da comissão de acompanhamento da sardinha.
28 Julho 2018, 17h27

As zonas de interdição à pesca da sardinha seriam o tema  de uma reunião agendada para a próxima segunda-feira na Direção-geral das Pescas com a comissão de acompanhamento da sardinha mas a Associação Nacional da Pequena Pesca de Cerco “não vai estar presente”, avançou à Lusa o presidente da associação, Eduardo Matos.

“Não vamos estar nessa reunião”, afirmou o responsável, acrescentando: “Somos totalmente contra as zonas de interdição”.

Por rejeitarem a existência de zonas de interdição da pesca da sardinha, durante um período de 15 dias, que pode ser renovável por igual prazo, o presidente da Associação Nacional da Pequena Pesca de Cerco salientou que “não faz sentido” a entidade marcar presença naquele encontro.

A entidade considera que o período de interdição “não vai ter impacto absolutamente algum”.

“Ninguém dá garantia que haja nas zonas interditas juvenis de sardinhas para serem protegidas”, disse, apontando que, além disso, tal irá “condicionar a atividade de pesca naquela zona”.

Eduardo Matos explicou que a arte do cerco inclui também a captura da cavala, carapau ou biqueirão, por exemplo, espécies que não também não vão ser pescadas durante o período de interdição.

“Isto representa interdição à atividade”, ou seja, os “pescadores não podem trabalhar” naquela zona, adiantou.

“Vamos bater pé até às últimas consequências”, disse.

“Estamos na iminência de trabalharmos quatro meses, ninguém aguenta. Esperamos que o Governo recue”, concluiu.

O último parecer do ICES – Conselho Internacional para a Exploração do Mar reiterou a recomendação de pesca ‘zero’ para a sardinha em Portugal e Espanha e uma nova redução já com efeitos a partir do próximo mês.

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