A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, revoltou-se esta quinta-feira contra a decisão de um juiz, que a quer obrigar a submeter-se a um exame psiquiátrico. Em causa está o facto de Le Pen ter publicado na sua conta de Twitter, em 2015, fotografias de execuções levadas a cabo pelo Daseh.
“É verdadeiramente alucinante. Este regime começa a ser assustador”, escreveu a líder da Frente Nacional também no Twitter, tendo publicado o documento com a decisão judicial, onde se pode ler que o exame psiquiátrico deverá ser feito “no mais breve prazo”.
“Eu achava que era legítimo, mas não! Por denunciar os horrores do Daesh em tweets, a ‘justiça’ submete-me a perícia psiquiátrica! Até onde é que eles irão?”, escreveu Le Pen. O exame tem como objetivo averiguar se Le Pen está em “condições de compreender o discurso e de responder a questões” e se “a infração apontada tem relação com elementos factuais ou biográficos da interessada”.
Recorde-se que a política de extrema-direita foi acusada de “difusão de imagens violentas” por ter publicado três fotografias de execuções como forma de resposta a um jornalista, que Le Pen acreditava ter feito um paralelo entre o seu partido e o autoproclamado Estado Islâmico.
A líder da então Frente Nacional divulgou as fotografias e identificou o jornalista, cujas declarações considerou “imundas”, e escreveu: “O Daesh é isto!”. AS imagens foram publicadas cerca de um mês após os atentados de Paris, nos quais morreram 130 pessoas.
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