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Banco Popular pagou 4 milhões a novo presidente… que não chegou a aquecer o lugar

“El Mundo” conta como Emílio Saracho recebeu um prémio de 4 milhões de euros para aceitar ser presidente do Popular, poucos meses antes da resolução do banco espanhol.
18 Dezembro 2017, 12h16

A situação difícil em que o Banco Popular se encontrava no final do ano passado levou o banco espanhol a tentar contratar um gestor “estrela” que fosse capaz de manter a confiança dos investidores. O escolhido foi Emílio Saracho, um banqueiro espanhol que trabalhava no JP Morgan, que, segundo o “El Mundo”, recebeu um prémio de quatro milhões de euros pelo simples facto de aceitar o convite para liderar o Popular. O problema é que Saracho não chegou a aquecer o lugar, apesar de ter recebido o prémio, conta o diário madrileno.

Há precisamente um ano, o Popular debatia-se com os graves problemas que acabariam por conduzir à sua resolução e venda ao Santander (por um euro), em junho de 2017. Na altura, a situação do banco espanhol já era conhecida nos bastidores do setor financeiro e o conselho de administração procurava substituir Ángel Ron por um banqueiro com boa reputação nos mercados internacionais. São estas circunstâncias que explicam a cláusula generosa apresentada a Emílio Saracho, um banqueiro espanhol que trabalhava no JP Morgan e que pretendia regressar ao país natal.

O contrato de Emílio Saracho (fonte: “El Mundo”)

Mas o prémio de quatro milhões de euros não era a única exigência de Saracho. Além de um salário de 1,5 milhões de euros, acrescido de prémios de desempenho e um seguro de vida, o banqueiro exigiu ainda um prazo de dois meses para decidir se assumia, ou não, a presidência do Popular. Segundo o “El Mundo”, O banco pagou o prémio de 4 milhões e aceitou as outras exigências do gestor “estrela”, que no entanto não conseguiu evitar o colapso do banco.

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