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BCP volta a fechar em queda e ajuda às perdas na Bolsa de Lisboa. Europa fecha mista

Pela positiva destacou-se a Semapa que subiu 1,47% para 12,420 euros. A sua subsidiária Navigator avançou 0,82% para 3,20 euros e a Altri valorizou 0,84% para 5,975 euros.
  • Reuters
22 Julho 2019, 17h27

A bolsa de Lisboa fechou em queda de 0,39% para 5.182,17 pontos com o BCP a marcar a sessão com uma queda de -1,68% para 0,2690 euros, que assim prolongou as perdas do final da semana passada. Estas perdas podem ser em parte explicadas pela debilidade dos seus pares espanhóis. O Banco Santander, que amanhã apresenta resultados, fechou a cair 0,36% para 3,99 euros; o BBVA recuou 0,74% para 4,74 euros; e o Bankinter tombou 3,90% para 6,12 euros, só para citar alguns exemplos. Com a banca o IBEX espanhol acompanhou o PSI 20 nas quedas. O índice espanhol, desceu 0,15% para 9.157,1 pontos. Os índices Ibéricos acabaram por divergir das restantes praças.

Por cá, a Jerónimo Martins liderou as perdas ao recuar -2,01% para 14,6 euros com o corte de recomendação por parte da Berenberg.

A Galp negociou em alta (+0,18% para 13,975 euros, embora numa escala menor do que a subida registada pelo petróleo. A Sonae Capital desce -1,51% para 0,717 euros.

Pela positiva destacou-se a Semapa que subiu 1,47% para 12,420 euros. A sua subsidiária Navigator avançou 0,82% para 3,20 euros e a Altri valorizou 0,84% para 5,975 euros. A pasta e papel merece destaque na sessão e não foi só em Portugal. O analista do BCP (Mtrader), Ramiro Loureiro, refere na sua análise que “o setor de Recursos Naturais era o mais animado, onde a Stora Enso ganha mais de 4% perante notas de que os preços da pasta podem atingir o bottom no 2.º semestre e que a empresa será das mais beneficiadas com uma recuperação. O tema tem muito interesse também para o mercado nacional, nomeadamente para Altri, Semapa e Navigator”.

“A apresentação de resultados domina a agenda dos investidores, nesta que será a semana de maior flow”, explica Ramiro Loureiro, do Millennium BCP Investment Banking.

Após o fecho de mercados, serão divulgados os resultados do 1º semestre da NOS que fechou a subir 0,60% para 5,830 euros.

A generalidade das praças europeias inverteu o sentimento negativo do arranque de sessão e segue agora em alta a meio da manhã desta segunda-feira. O global EuroStoxx 50 fechou em alta de 0,28% para 3.489,92 pontos.

“A maioria das bolsas europeias encerrou em leve alta, num dia marcado por fracos volumes negociados (-15% face à média das últimas 20 sessões para o índice Euro Stoxx 50)”, refere o analista da Mtrader.

O FTSE 100 subiu 0,08% para 7.514,93 pontos; o CAC ganhou 0,26% para 5.567 pontos e o DAX avançou 0,24% para 12.289,4 pontos.

O setor energético mostrou-se igualmente animado perante a escalada dos preços do petróleo, em resposta ao aumento das tensões no Estreito de Ormuz, depois de ter sido apreendido outro petroleiro britânico, avança a Mtrader. O Brent, referência na Europa, valoriza 1,58% para 63,46 dólares e o crude WTI nos EUA sobe nesta altura 1,11% para 56,25 dólares.

Na Europa arranca a temporada de resultados empresariais e isso justifica a esperança dos investidores. Os números acima do esperado puxaram pelas ações da holandesa Philips que fecharam a subir 5,73%. A Philips reportou hoje as suas contas trimestrais.

Em França há a destacar a Casino Guichard que anuncia a venda da subsidiária Vindémia. A retalhista francesa vende a subsidiária por um enterprise value de 219 milhões à GBH. O encaixe financeiro serve para reduzir dívida.

Em Espanha, vai decorrendo o debate de formação de governo, numa altura em que o PSOE e o Podemos ainda não chegaram a um acordo de coligação. A banca espanhola, com destaque para o Bankia, acabou por liderar as perdas no setor. O setor energético beneficiou da subida dos preços do petróleo perante o escalar das tensões no Estreito de Ormuz.

No panorama macro, destacamos a reunião do BCE. Mas os analistas, desta vez, não esperam grandes novidades. O mercado atribui uma probabilidade elevada (80%) a um corte nas taxas de juro ainda este ano, decorrente de uma inflação baixa na zona euro, da desaceleração do crescimento global e dos riscos políticos que carecem de resolução.

O euro caiu 0,05% para 1,1215 dólares.

No mercado de dívida pública a dívida alemã a 10 anos cai 2,2 pontos base para uma yield de -0,346%. Ao contrário a dívida portuguesa agrava 0,3 pontos base para uma yield de 0,462% o mesmo sucedendo a Espanha que vê os juros subirem 0,3 pontos base para 0,391%. Mas Itália destaca-se pela negativa com juros a subirem 4,8 pontos base para 1,653%.

 

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