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Black Friday: um ‘el dorado’ para investidores ou uma sexta-feira negra para as bolsas?

O volume de vendas da Black Friday pode ter impacto nas ações das principais retalhistas. Os investidores encaram este dia como um indicador do desempenho da indústria do retalho.
  • Andy Rain/EPA/Lusa
25 Novembro 2019, 07h41

Todos os anos, na sexta-feira imediatamente a seguir ao ‘Dia de Ação de Graças’, nos Estados Unidos, milhares de consumidores de todo o mundo vão à caça dos descontos da Black Friday.

Este ano, a National Retail Federation (NRF), a associação do setor do retalho dos Estados Unidos que representa 2,6 bilões de dólares do PIB norte-americano, estima que cerca de 165,3 milhões de consumidores norte-americanos aproveitem os últimos de novembro (e o segundo de dezembro) para encherem as lojas, físicas e online, entre o dia de Ação de Graças, a Black Friday e a Cyber Monday – entre quinta-feira 28 de novembro e segunda-feira 2 de dezembro.

Entre o dia 28 de novembro e 2 de dezembro, 114,6 milhões revelaram ter apetite para correrem atrás dos descontos durante a Black Friday, quase o dobro do dia de Ação de Graças e da Cyber Monday, apontou a NRF, que estima que este ano, as vendas durante o mês de novembro cresçam 3,8%, em termos homólogos, para 727,9 mil milhões de dólares. Mas, no ano passado, os norte-americanos gastaram neste período 313,29 dólares em média, menos que em 2017.

A Black Friday é mais do que um dia de consumo à escala global. Para o retalho é relevante porque é neste dia que muitos retalhistas fazem vendas em volume suficiente para os pôr no ‘black’, isto é, com mais dinheiro a entrar em caixa do que aquele que se deve – é por isso que a Black Friday se chama Black Friday.

Mas, além da importância individual para cada retalhista, o volume de vendas da Black Friday pode ter impacto nas ações das principais retalhistas. Os investidores encaram este dia como um indicador do desempenho da indústria do retalho. Vendas avultadas neste dia – e neste período – podem beneficiar os preços de ações das empresas como a Amazon, a Target, a Macy’s ou, na Europa, da Fnac, entre muitas outras, ainda que no curto-prazo.

No entanto, se o volume de vendas ficar aquém das expectativas, as ações dos retalhistas poderão ser penalizadas.

 

 

 

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