O Bloco de Esquerda sugeriu a criação de um subsídio de desemprego extraordinário, no valor de 438 euros, para trabalhadores que não recebam outro tipo de apoio. Esta é uma das medidas do partido para o orçamento suplementar apresentadas em conferência de imprensa pela coordenadora do partido, Catarina Martins, esta terça-feira, 2 de junho.
Catarina Martins recordou que “há muitas pessoas no país sem acesso a qualquer tipo de apoio”, como tal o partido decidiu propor ” a criação de um subsídio de desemprego extraordinário para a cessão de atividade que deve vigorar até ao final do ano, no valor de 438 euros. Deve ser aplicável a todos os trabalhadores que não tenham acesso a outro apoio, que estejam em situação de desemprego e perda de rendimentos”. Em caso do trabalhador receber apoios o valor do subsídio extraordinário será inferior a 438 euros.
Esta sugestão “permite abranger também os trabalhadores informais. Pensamos mesmo que é a única maneira de abranger todas as pessoas que perderam rendimentos neste momento”, garantiu Catarina Martins.
Para o apoio ser concedido, “os trabalhadores são chamados a declarar porque é que ficaram na condição de desemprego sem acesso ao subsídio de desemprego e a autoridade para as condições do trabalho ficara com um mapa do que é o trabalho informal e o abuso laboral em Portugal”, explicou a coordenadora do Bloco de Esquerda. Esta medida é para os bloquistas uma forma de “erradicar o abuso do trabalho precário”.
Sobre os apoios às empresas, Catarina Martins destacou a “proibição de despedimentos” como forma das organizações poderem aceder a todos os apoios do Estado e a substituição do lay off , que reduz o salário em um terço,”para um apoio às empresas que mantenham o salário a 100% dos trabalhadores”.
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