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Bloco de Esquerda sobre Efacec: “Decisão da nacionalização peca por ser temporária”

“O próprio Governo admite que a Efacec é uma empresa estratégica para a economia portuguesa, tem uma grande importância, então, essa importância deveria ter o controlo público”, explicou a deputada Isabel Pires.
  • José Sena Goulão/Lusa
2 Julho 2020, 19h42

O Bloco de Esquerda (BE) considera que a decisão do Governo de nacionalizar 71% da Efacec, por período restrito no tempo, “peca por ser temporária” e abre espaço para devolução a privados, o que não faz sentido para o partido.

“O que não se percebe, e é uma equação que colocamos: porquê apenas temporariamente? O próprio Governo admite que a Efacec é uma empresa estratégica para a economia portuguesa, tem uma grande importância, então, essa importância deveria ter o controlo público”, explicou a deputada Isabel Pires.

A porta-voz do BE recordou, em declarações à imprensa, que a empresa estava numa situação complicada e que esta era uma única solução, do ponto de vista acionista, para que retomasse a sua atividade e investimento.

“Sabemos desde há algum tempo os problemas que causou a entrada de Isabel dos Santos, por vários problemas com a justiça angolana e pela forma como o seu dinheiro tem prejudicado a própria Efacec”, lembrou, em declarações proferidas na Assembleia da República.

O Conselho de Ministros deu hoje ‘luz verde’ ao decreto-lei que procede à apropriação pública da participação social detida pela empresária angolana Isabel dos Santos, através da Winterfell 2 Limited, na Efacec, por via de nacionalização de 71,73% do capital social da empresa. O diploma seguiu para Belém e foi, entretanto, promulgado pelo Presidente da República.

“Olhando para o exemplo de outras privatizações e reprivatizações em setores estratégicos da economia têm provado que a gestão privada é necessariamente lesiva para o interesse público”, referiu a deputada bloquista Isabel Pires pouco depois deste anúncio.

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