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BNP Paribas Cardif compra 9% da Ageas à Fosun por 730 milhões

A aquisição será efetuada em duas parcelas. A primeira consiste na aquisição de 4,8% das ações emitidas, e será feita “nos próximos dias”.
  • Iluminação do edificio ageas Tejo
16 Abril 2024, 10h38

O BNP Paribas assinou um acordo com o Grupo Fosun para adquirir a sua participação na Ageas, dona da Médis.

O Grupo BNP Paribas anunciou em comunicado a assinatura, através da sua filial de seguros BNP Paribas Cardif, de um acordo para adquirir a participação do Grupo Fosun de aproximadamente 9% no grupo segurador.

A aquisição será efetuada em duas parcelas. A primeira consiste na aquisição de 4,8% das ações emitidas, e será feita “nos próximos dias”.

O restante será feito após a receção das aprovações regulamentares obrigatórias.

A contrapartida total está estimada em aproximadamente 730 milhões de euros, o que corresponde a um impacto marginal no rácio Common Equity Tier 1 (CET1) do Grupo BNP Paribas de aproximadamente 2 pontos base.

O Grupo BNP Paribas, através do BNP Paribas Fortis, beneficia de uma parceria com a Ageas, através da AG Insurance (AGI), a seguradora líder na Bélgica. Esta parceria é materializada por um acordo de distribuição exclusiva de seguros de Vida e Não Vida entre a AGI e o BNP Paribas Fortis e por uma participação de 25% (mais uma ação) detida por este último na AG Insurance.

A aquisição pelo Grupo BNP Paribas de uma participação minoritária na AGI não altera qualquer termo desta parceria histórica e estratégica.

Os analistas do Goldman Sachs defendem numa nota emitida esta terça-feira que “esta aquisição é estrategicamente coerente com a estratégia global de mobilização de capital do BNP e registamos a atual ênfase de todo o sector na prossecução de negócios de capital reduzido e baseadas em comissões, como os seguros”.

“Colocando esta divulgação no contexto mais amplo do plano de alocação de capital do BNP, em março, o banco francês indicou que do excesso de capital resultante da venda do Bank of the West, esperava ter reafectado 55 pontos base (cerca de metade do total) até ao final do 1º semestre de 2024, com um Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) estimado para 2025 e mais de 16% (o que implica uma rentabilidade dos capitais próprios tangíveis – ROTE de cerca de 12%). Em termos dos cerca de 40 bps já alocados na altura, um terço deste valor foi para o crescimento orgânico e dois terços para o crescimento externo (entre automóvel, pagamentos, seguros e outros).”, avança o Goldman Sachs.

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