Bolsa contraria ganhos europeus. EDP Renováveis perde mais de 2%

A bolsa de Lisboa perdeu terreno na sessão de segunda-feira, a contrariar o dia positivo que se viveu entre as mais importantes congéneres europeias. Nas boas notícias, o mercado petrolífero não sentiu impacto do ataque lançado pelo Irão contra Israel, de tal modo que o preço do barril até recuou.

O índice PSI perdeu 1,01%, até aos 6.273,54 pontos, com a EDP Renováveis no topo das perdas. Os títulos da energética desvalorizaram 2,21%, até aos 12,82 euros. Seguiu-se a Altri, que derrapou 1,64% para 4,982 euros, assim como o BCP, que derrapou 1,61% até aos 0,2992 euros.

Com as perdas a formarem a tendência dominante, os ganhos foram escassos. A subida mais acentuada foi de 0,45%, observada nos títulos dos CTT, que avançaram para 4,43 euros.

Olhando aos principais índices europeus o sentimento foi bastante distinto, já que a maioria encerrou no ‘verde’, parecendo não sentir impacto do conflito que se gerou durante o fim de semana no Médio Oriente. A Alemanha registou a subida mais forte, na ordem de 0,63%, seguida de perto pelo índice agregado Euro Stoxx 50 e Itália, ambos em 0,58%. Itália subiu 0,43% e Espanha 0,01%.

Só o Reino Unido registou perdas, ao tombar 0,44%.

No mercado petrolífero, o crude está a recuar 1,45%, até aos 84,42 dólares por barril. Olhando para o mercado cambial, o euro avança 0,02% face ao dólar e um euro está a valer 1,0644 dólares nas negociações.

“As bolsas europeias acabaram na sua maioria em alta, com o índice de ações britânico e o português em contraciclo”, assinala-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Nos próximos dois dias chegam informações macroeconómicas relevantes e que podem mexer com o sentimento. Já esta madrugada serão divulgados dados relativos ao comportamento da economia chinesa no primeiro trimestre e na quarta-feira números de inflação na zona euro, importantes para as perspetivas de política monetária do BCE. Por isso é natural que possa haver alguma cautela”, sublinham os analistas.