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Bolsa fecha em queda com J. Martins e EDP a liderarem perdas

A bolsa portuguesa encerrou em ligeira baixa, enquanto os pares europeus fecharam mistos.
9 Setembro 2019, 17h41

O PSI 20 fechou em queda de 0,24% para 4.956,55 pontos acompanhando a tendência da maioria das principais praças europeias. O global EuroStoxx 50 caiu 0,10% para 3.491,53 pontos.

A EDP caiu -1,95% para 3,476 euros e a EDP Renováveis deslizou -1,17% para 10,140 euros. A Jerónimo Martins recuou -1,61% para 15,61 euros. Isto arrastou a bolsa portuguesa, apesar das subidas de mais de 3% da Altri (+3,36% para 6,005 euros) e da Semapa (+2,69% para 12,200 euros).

A retalhista foi alvo de uma realização de mais-valias após os ganhos obtidos na semana passada e foi influenciada pelo comportamento negativo do respetivo setor na Europa.

O BCP também seguiu a tendência dos concorrentes no velho continente, terminando o dia com um ganho em torno de 1,51% para 0,2012 euros.

A Galp subiu 0,58% para 13,075 euros, numa sessão em que o preço do petróleo apresentou uma subida superior a 1,50% nos mercados internacionais. O Brent em Londres valoriza 1,92% para 62,72 dólares.

A petrolífera nacional registou também uma underperformance face ao respetivo setor na Europa, dizem os analistas do BPI.

“Os mercados europeus iniciaram a semana em diferentes direções, com os investidores a assistirem aos desenvolvimentos relacionados com a situação política no Reino Unido e acompanharem alguns indicadores económicos revelados”, refere o BPI no seu comentário de fecho.

O primeiro-ministro britânico reafirmou esta segunda-feira que tem todas as condições para negociar um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia até meados de outubro e que irá fazer tudo para que não aconteça uma saída desordenada.

O FTSE 100 caiu 0,64% para 7.235,81 pontos.

Boris Johnson acredita que é possível alcançar um acordo até ao dia 18 de outubro, mas prevê suspender a atividade do Parlamento no final desta 2ª feira. Antes disso, deverá enfrentar a oposição no que toca à convocação de eleições gerais. Recorde-se que na semana passada, a oposição aprovou uma proposta de lei que tem como objetivo impedir um Brexit sem acordo, que deve entrar em vigor esta segunda-feira, com a assinatura da rainha.

O CAC 40 recuou 0,31% para 5.586,7 pontos; o DAX subiu 0,19% para 12.214,74 pontos; o FTSE MIB  de Itália ganhou 0,10% para 21.970,4 pontos; e o IBEX subiu 0,06% para 8.995,6 pontos.

O BPI refere na sua análise que em termos setoriais, os bancos, os fabricantes de automóveis e o setor segurador destacaram-se ao figurarem como dos poucos a terminarem em terreno positivo e com uma valorização superior a 1%.

Nota para a Air France KLM que caiu mais de 9%, após a publicação dos dados de tráfego relativos a agosto, os quais saíram aquém do esperado, avança o mesmo analista.

No que respeita ao cenário macroeconómico, a OCDE deteta sinais de enfraquecimento nos próximos seis a nove meses na atividade da zona euro, particularmente na Alemanha, e nos Estados Unidos.

A dívida alemã a 10 anos subiu 5,3 pontos base para -0,585%.  O dívida portuguesa aumentou o seu gap face ao benchmark alemão ao agravar 5 pontos base para 0,243%. Espanha também com juros a subirem 4,5 pontos base para 0,218% e Itália com os juros soberanos a subirem 6,7 pontos base para 0,944%.

O euro sobe 0,3% para 1,1062 dólares.

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