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Bolsa de Lisboa animada pela Polónia. Jerónimo Martins dispara 5%

O BCP e a Jerónimo Martins valorizaram com notícias vindas da Polónia. Na Europa as bolsas fecharam todas no verde. O dia foi marcado pela difusão dos indicadores de atividade terciária, que nos chegaram melhor que o previsto na Zona Euro.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
5 Fevereiro 2019, 17h27

A Bolsa de Lisboa valorizou 1,37% para 5.163,5 pontos puxada essencialmente pelas ações da Jerónimo Martins.

A retalhista dona da cadeia polaca Biedronka disparou 4,58% em reação à notícia que a Polónia admite rever a lei que fecha supermercados ao domingo.

As ações da Jerónimo Martins fecharam nos 13,025 euros depois de o primeiro-ministro polaco ter informado que o Governo está a avaliar os efeitos da lei que proíbe o comércio aos domingos e vai anunciar decisões “num futuro próximo”.

A segunda maior subida é da Galp que ganhou 2,71% para 14,235 euros. A petrolífera portuguesa vai apresentar resultados na próxima semana. Hoje a sua congénere BP, apresentou lucros bem acima do esperado no 4ºtrimestre. Com um Resultado líquido ajustado no 4ºtrimestre de 3,48 mil milhões de dólares, a multinacional, com sede em Inglaterra, superou a estimativa mais otimista que era de 2,91 mil milhões de dólares.

Segundo os analista do BCP, o gearing, rácio de dívida líquida sobre equity, da BP subiu para os 30,3% no trimestre, acima do que a BP pretende (máximo de 30%). A empresa considerou este aumento como temporário.

Hoje a banca recuperou das perdas das últimas sessões. O BCP viu as ações subirem 2,13% para 0,2349 euros.  O lucro do Millennium Bank, o banco polaco detido pelo Banco Comercial Português (BCP) atingiu em 2018 o valor mais alto da sua história. O lucro alcançou os 761 milhões de zlotys, cerca de 180 milhões de euros. Trata-se de uma subida de perto de 12% face a 2017, segundo informou hoje o BCP em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Mas há mais subidas a justificar a subida do índice nacional. As ações da Semapa subiram 1,88% para 15,160 euros; as da Navigator valorizaram 1,52% para 4,270 euros e as da Mota-Engil ganharam 1,25% para 1,944 euros.

Na Europa o verde dominou. O índice global EuroStoxx 50 subiu 1,57% para 3.215,04 pontos. As principais praças também fecharam animadas. Londres valorizou 2,04% para 7.177,4 pontos; o CAC 40 subiu 1,66% para 5.083,3 pontos; o Dax ganhou 1,71% para 11.368 pontos. Depois Milão fechou em alta de 1,16% para 19.833,5 pontos e o IBEX disparou 1,3% para 9.092 pontos.

A Banca inverteu as perdas das últimas 6 sessões, estando no lote de principais valorizações. Os bancos alemães e franceses lideraram as subidas. O Deutsche Bank valorizou 1,83%; o Commerzbank subiu 2,88%; o BNP Paribas ganhou 2,56% na sessão.

Mas os bancos espanhóis também recuperaram das perdas. O Santander subiu 1,84%, o BBVA ascendeu 1,01%, o CaixaBank valorizou 0,61% e o Bankinter idem.

Em Londres o Barclays, por exemplo, subiu 1,34%.

“Última nota para as ações do DIA, dona do Minipreço, após ser alvo de OPA de um acionista de referência”, diz o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

“O mercado de futuros sobre os índices norte-americanos aponta para o verde”, adianta ainda a Mtrader.

A nível macroeconómico destacam-se os dados finais da Markit para a Zona Euro para o mês de janeiro que vieram melhor do que o report preliminar, o que ajudou ao sentimento dos investidores.

“Ainda assim, a tendência é descendente com Itália a ser um dos pontos de destaque”, considera o analista do BCP.

O mercado de dívida hoje está com os juros em queda na Alemanha (-0,70 pontos base para 0,17%) e agrava nos países periféricos. Portugal vê os juros subirem 0,6 pontos base para 1,663%; Espanha tem os juros a subirem  1,2 pontos base (para 1,256%)  e Itália é a pior da sessão com os juros a subirem 6 pontos base para 2,794%.

O PMI nos Serviços da Zona Euro, da Markit, revelam que em janeiro de 2019, o PMI nos Serviços da Zona Euro registou um valor de 51,2 pontos, igual ao registado no mês precedente. Este é o valor mais baixo registado em 49 meses. O Índice encontra-se, assim, acima do limiar da neutralidade (50,0 pontos).

Destaque ainda para os dados do Comércio a Retalho, do Eurostat. Em dezembro de 2018, o volume do Comércio a Retalho aumentou 3,4% em Portugal, 0,8% na Zona Euro e 1,2% na UE a 28, em termos homólogos.

Em dezembro de 2018, o volume do Comércio a Retalho, a preços constantes e ajustado de sazonalidade, diminuiu 1,6% na Zona Euro e 1,4% na UE28, face ao mês anterior. Em novembro de 2018, o volume do Comércio a Retalho tinha registado variações de 0,8% na Zona Euro e 1,0% na UE28.

Portugal registou um aumento de 0,6% face ao mês anterior, o que compara com um aumento de 1,2% em novembro de 2018. Em termos homólogos, o volume do Comércio a Retalho aumentou 0,8% na Zona Euro e 1,2% na UEa 28, em dezembro de 2018.

Portugal registou um aumento homólogo de 3,4%, após ter registado um aumento homólogo de 4,3% no mês anterior.

Entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis para dezembro de 2018, os maiores aumentos do Comércio a Retalho em termos homólogos foram registados na Eslovénia (11,2%), Irlanda (7,5%) e Polónia (4,9%). Verificaram-se as maiores quebras em Alemanha (-2,2%), Malta (-1,9%) e Suécia (-1,6%).

O petróleo está em baixa, quer o Brent em Londres (-0,35% para 62,29 dólares), quer o crude WTI em Nova Iorque (-1,3% para 53,85 dólares.

O euro cai 0,26% para 1,1408 dólares.

 

 

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