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Bolsas europeias em alta em dia da saída da Grécia do resgate. Lisboa acompanha

A Grécia saiu formalmente do seu terceiro programa de ajuda externa após oito anos de resgates e o resultado foi uma subida das ações nas bolsas europeias e uma queda dos juros soberanos. As dívidas dos periféricos caíram significativamente. Por cá Sonae, CTT, Mota e BCP lideram subidas em Bolsa.
20 Agosto 2018, 17h21

A Grécia saiu formalmente do seu terceiro programa de ajuda externa após oito anos de resgates e o país será alvo de uma vigilância pós-programa reforçada com missões de 3 em 3 meses. Esta foi a notícia mais importante da Europa de hoje. O resultado é que os mercados de ações subiram e os juros das dívidas soberanas (espelho do risco dos países) caíram. A dívida alemã a 10 anos cai 0,30 pontos base para 0,302%; a dívida francesa a 10 anos desceu 1,4 pontos base para 0,653%. Mas as dívidas que mais melhoraram com a saída da troika da Grécia foram os países do sul. A dívida italiana caiu 10,7 pontos base para uma yield de 3,014%. A dívida soberana portuguesa melhorou  6,1 pontos base para 1,794% e  a dívida de Espanha desceu 5,9 pontos base para 1,390%.

As ações da bolsa grega subiam 0,32% para 712,6 pontos.

O PSI 20 subiu 0,48% para 5.487,3 pontos animado pelas ações da Sonae (+1,85% para 0,963 euros); pelas ações dos CTT (+1,48% para 3,284 euros); pelos títulos da Mota Engil (+1,26% para 2,810 euros) e pelo BCP (+1,08% para 0,2530 euros).

As ações das empresa de Pedro Queiroz Pereira que morreu no passado domingo vítima de ataque cardíaco, tiveram comportamentos mistos. Com a holding Semapa a cair  -0,65% para 18,300 euros e a Navigator a subir 0,28% para 4,364 euros.

A liderar as (poucas) quedas no PSI 20 esteve a Altri (-0,84% para 8,280 euros).

Na Europa o índice EuroStoxx 50 subiu 0,69% para 3.396,37 pontos.

As principais praças fecharam em alta. Londres subiu 0,68% para 7.609,85 pontos; Paris subiu 0,81% para 5.388 pontos; o alemão DAX disparou 1,06% para 12.339,85 pontos; Milão fechou a ganhar 0,44% para 20.504,9 pontos e o Ibex 35 de Madrid valorizou 0,60% para 9.474 pontos.

Segundo os analistas do BCP, “o alívio das tensões comerciais entre os EUA e a China dá suporte às bolsas europeias. Notas de mercado indicam que responsáveis norte-americanos e chineses vão encontrar-se esta semana para prepararem as conversações de novembro”.  Esta semana realiza-se a reunião de banqueiros centrais em Jackson Hole, nos EUA, sendo que os analistas do Bankinter vêem como pouco provável uma mudança substancial na mensagem transmitida sobre a direção das políticas monetárias.

“Sem dados macro de relevo, o dia acaba por ser tranquilo, de resto refletido nos volumes negociados (-40% face à média das últimas 20 sessões para o Euro Stoxx 50). Destacamos a queda de 9,5% da Atlantia com o cenário de retirada da concessão à Autostrade cada vez mais evidente  [o Movimento 5 Estrelas pretende nacionalizar a rede de autoestradas]”, diz o Millennium bcp Investment Banking.

Os únicos dados europeus macroeconómicos são  os de junho de 2018, da produção na construção que aumentou 4,1% em Portugal, 2,6% na Zona Euro e 2,7% na UE a 28, em termos homólogos.

O superavit da Balança Corrente da Alemanha caiu ligeiramente. No ano em curso, espera-se que caia para 7,8% após 7,9% em 2017, conforme calculado pelo ifo Institute.

O petróleo sobe quer no mercado de Londres, quer no mercado dos EUA. O Brent sobe 0,54% para 72,22 dólares o barril e o WTI ganha 0,52% para 66,25 dólares.

O euro ganha 0,14% para 1,1454 dólares.

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