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Brexit: Libra valoriza após demissão de ministro britânico

Theresa May vai comparecer esta segunda-feira na Câmara dos Comuns e posteriormente perante o grupo parlamentar conservador para defender os seus planos da futura relação bilateral com a UE, que ainda não foi apresentada a Bruxelas.
9 Julho 2018, 11h40

A libra esterlina estava esta segunda-feira de manhã em alta face ao dólar e ao euro no mercado de câmbios depois da demissão no domingo do ministro britânico que negoceia o ‘Brexit’, Davis Davis, por divergências com a estratégia de Londres.

A moeda britânica valorizou-se 0,5% face ao dólar, para 1,33 dólares, e 0,3% face ao euro, para 1,13 euros.

O analista financeiro Connor Campbell da SpreadEx, citado pela EFE, defendeu que a demissão apesar de criar instabilidade no executivo também “torna mais provável” um ‘Brexit’ “suave”, uma saída menos radical do bloco europeu – a opção favorita do mundo financeiro e empresarial.

Campbell sublinhou, contudo, que nos próximos dias a libra vai estar vulnerável à evolução da primeira-ministra britânica, Theresa May, que enfrenta pressões para se demitir, e à negociação com Bruxelas para a saída britânica da União Europeia (UE), prevista para 29 de março de 2019.

Entretanto, Dominic Raab foi promovido de secretário de Estado da Habitação para ministro responsável pelo ‘Brexit’, substituindo David Davis.

Raab, de 44 anos e advogado de profissão antes de ser eleito deputado em 2010, foi um proeminente defensor da saída do Reino Unido da União Europeia durante o referendo de 2016.

Após as eleições de 2015 exerceu funções no Ministério da Justiça, mas em maio passado foi transferido para o Ministério das Comunidades.

Na sua carta de demissão, Davis alegou que a proposta de criar uma zona de comércio livre entre o Reino Unido e a UE ao aderir às regras europeias controla, aprovada na sexta-feira, deixa o país “na melhor das hipóteses, numa posição de negociação fraca, e possivelmente inaceitável”.

Manifestando discordância com o plano da primeira-ministra, Theresa May, disse que, na sua opinião, “a consequência inevitável das políticas propostas será tornar o suposto controle pelo Parlamento ilusório, e não real”.

Invocou ainda ser do interesse nacional um ministro responsável pelas negociações para o Brexit “que seja entusiasta da sua estratégia, e não apenas um recruta relutante.”

Theresa May vai comparecer hoje na Câmara dos Comuns e posteriormente perante o grupo parlamentar conservador para defender os seus planos da futura relação bilateral com a UE, que ainda não foi apresentada a Bruxelas.

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