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“Brincar” à ciência tornou-se um negócio sério

Miguel Pina Martins, CEO da Science4you, foi o convidado do JE editors Sunset Talks no memmo Alfama, revelando como é importante aprender a brincar.
2 Novembro 2018, 07h15

Os vulcões que libertam lava, as fábricas das bolas de sabão, as estufas de morangos e os kits de magia para crianças tomaram conta do mundo, literalmente.

São apenas alguns exemplos de uma vasta gama de jogos e brinquedos criados pela Science4you nestes primeiros dez anos de vida, e que levaram a empresa a crescer exponencialmente. Começou por ser um projeto de final de curso alicerçado no lema “aprender a brincar”, mas tornou-se um caso sério de sucesso.

Apesar dos feitos, Miguel Pina Martins continua a chamar-lhe uma startup. Por um lado acha que existe sempre espaço para crescer, por outro considera ser sexy chamar-lhe assim.

“Há teorias que dizem que empresas que crescem a 40 ou 50%, podem continuar a ser consideradas startups. Acima de tudo, o espírito da empresa é de uma startup: é uma empresa jovem, composta por jovens que procuram fazer diferente e procuram a inovação.” – diz o CEO da Science4you.

Só em 2017 as vendas cresceram 60%. Um número que dá que pensar, se olharmos para o facto de que a empresa nasceu na era digital e mantém-se num mercado onde as tecnologias continuam a dominar o mundo dos adultos e, muito mais ainda, o mundo das crianças.

Como se explica então que brinquedos essencialmente de manuseio ganhem tanto adeptos?

“Apesar de incorporar essa tecnologia, (nós) viemos a aprender que não há fórmula correta para encontrar o equilíbrio entre tecnologia e brinquedo manual. Mais, para nós isso não existe. Isto porque quanto mais as crianças estão viciadas nos gadgets, mais os pais as tentam tirar de lá e isso, faz-se com brinquedos.”

Todos os produtos respondem aos porquês dos mais novos, ou seja, há sempre muito a aprender em cada brinquedo. Aliás, desde o início que a missão da Science4you foi de contribuir para a melhoria do desenvolvimento da criança. Daí o lado didático tão marcado. Numa década, multiplicam-se as histórias que vêm comprovar os resultados da missão. Pais satisfeitos e crianças felizes.

“Nós recebemos muito feedback dos nosso clientes e até das próprias crianças. Isso ajuda-nos a criar produto. Além disso, temos as festas de ciência e campos de férias de ciência em Lisboa e no Porto, que são veículos para conseguir perceber o que as crianças querem. É difícil criar um brinquedo educativo e divertido, e nisso o contacto com o público ajuda muito.”

Nos últimos anos a indústria dos brinquedos cresceu entre 20 a 30%. A Science4you acompanhou o ritmo acelerado e conseguiu chegar a 40 países. Entre eles, o maior consumidor de brinquedos do mundo, os Estados Unidos. Neste mercado, e apesar do encerramento de uma grande cadeia do sector, as vendas chegaram aos 7,9 biliões de dólares no primeiro semestre de 2018.

Na sede da Science4you, existe um sino que é tocado cada vez que há uma conquista importante. A entrada no mercado norte-americano fez soá-lo ruidosamente.

Mas, da mesma forma que há na criação de artigos que nos remetem à essência do que é ser criança um enorme orgulho, há pequenas grandes conquistas quotidianas que fazem soar o sino.

Ensinar, como já referimos, e promover tempos de qualidade em família.

“Num mundo onde cada vez as pessoas têm menos tempo, o poder levar uma ferramenta para casa que permita passar mais tempo com as crianças, é algo extremamente positivo. Orgulhamo-nos disso. Essa relação familiar que se cria ao dizer – hoje é sábado de manhã e vamos fazer juntos um  – é para nós fundamental.”

As condições favoráveis de mercado, aliadas a uma abordagem realista, humilde e sexy, fazem antever mais uma década de êxitos, pelo menos.

Olha-se para o futuro, respeitando o passado e a base da empresa. A primeira loja e os primeiros brinquedos, como logo e design de Miguel Pina Martins, continuam a ter um lugar especial no coração do CEO. Foram o início de uma séria brincadeira.

“As crianças precisam de brinquedos e vão sempre precisar. Há muitas questões que só podem ser valorizadas e alavancadas com o brinquedo físico.”

Deixemo-las então.

 

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a LG.

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