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Bruno de Carvalho diz que não se demite, mas garante realização da assembleia geral de 23 de junho

Em conferência de imprensa, Bruno de Carvalho criticou também a decisão judicial divulgada esta sexta-feira, em que a comissão de transição nomeada pela direção do Sporting, para substituir a mesa da assembleia geral, é considerada ilegal, e em que o tribunal decreta que a assembleia por aquela marcada para dia 17 não se realize.
  • Bruno de Carvalho
14 Junho 2018, 22h10

Bruno de Carvalho voltou a reafirmar esta quinta-feira que não se demite de presidente do Sporting Clube de Portugal, mas garantiu que vai criar as condições para que a assembleia geral marcada para 23 de junho se realize, mesmo se a considera “ferida de legalidade”.

Em conferência de imprensa, Bruno de Carvalho criticou também a decisão judicial divulgada esta sexta-feira, em que a comissão de transição nomeada pela direção do Sporting, para substituir a mesa da assembleia geral, é considerada ilegal, e em que o tribunal decreta que a assembleia por aquela marcada para dia 17 não se realize.

Disse que não reconhece Jaime Marta Soares como presidente da mesa da assembleia geral, nem a comissão de fiscalização que este nomeou e que determinou a sua suspensão.

O presidente da direção do Sporting voltou a garantir que a sua direção não se demite e explicou que não poderá estar presente na assembleia geral, de dia 23. “Não podemos participar, porque não somos sócios a dia 23, mas vamos disponibilizar aos associados os serviços e vamos permitir, que o que consideramos ex-presidente da mesa da assembleia geral venha amanhã [sexta-feira] aos serviços conferir todas as formalidades e todos os votos que diz que tem”, disse, alertando que, caso a destituição não seja confirmada, vai “cobrar até ao último cêntimo” os custos da assembleia geral a Marta Soares.

“Aos sportinguistas conferimos os meios necessários para que essa assembleia geral, que é um julgamento público, onde não podemos estar, decorra e vamos efetuar o pagamento. Fazemos isto em nome dos sportinguistas”, disse. Bruno de Carvalho sublinhou que o faz em nome dos sportinguistas, mas não a bem do Sporting. “A bem do Sporting devíamos impugnar tudo”, frisou.

Tribunal diz que comissão transitória é ilegal

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considerou hoje ilegal a comissão transitória da mesa da assembleia geral nomeada pela direção do Sporting, bem como as reuniões magnas por esta marcadas para 17 de junho e 21 de julho.

A primeira, marcada para o Pavilhão João Rocha, em Lisboa, tinha como pontos da ordem de trabalho a aprovação do orçamento para 2018/19 e a validação dos órgãos nomeados pela direção liderada por Bruno de Carvalho.

Esta reunião foi convocada pela comissão transitória encabeçada por Elsa Tiago Judas, em resposta à reunião magna convocada pela mesa da assembleia geral demissionária, presidida por Jaime Marta Soares, para 23 de junho, na Altice Arena, em Lisboa. Apesar das divergências sobre a legalidade de cada um dos lados, certa é a obrigação estatutária de apresentação e votação do orçamento até 30 de junho.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considerado nula a marcação das duas assembleias – de 17 de Junho e 21 de julho. O juiz ordenou a intimação do Sporting CP (como o órgão executivo é o conselho diretivo, abrange os seus sete membros) e das três pessoas nomeadas para a comissão transitória da mesa da assembleia geral do Sporting CP: Elsa Tiago Judas, Bernardo Trindade Barros e Yassine Nadir Nobre Madatali.

Segundo o Jornal Económico apurou, a decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa intimou a não realização destas duas assembleias gerais sob pena de incorrer num crime de desobediência qualificada cuja moldura penal prevê uma pena de prisão até dois anos.

Sobre esta intimação, o tribunal determinou a notificação imediata da polícia para providenciar a não realização das assembleias gerais. O tribunal ordenou ainda que as pessoas singulares envolvidas na decisão sejam notificadas na sua morada de residência. Ou seja, se contabilizarmos os membros do conselho diretivo e da comissão transitória, serão notificadas 10 pessoas.

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