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Cabo Verde ambiciona conquistar mais investidores nos próximos tempos

O ministro das Finanças afirma que a Administração Pública cabo-verdiana “tem de entender” que o seu papel é ser um elemento “facilitador e criador” de oportunidades.
12 Março 2019, 08h28

O ministro das Finanças cabo-verdiano anunciou, na ilha do Sal, durante o lançamento público do “Cabo Verde Investment Fórum”, a que presidiu, que o governo ambiciona trazer mais investidores para Cabo Verde nos próximos tempos.

Promovida pelo executivo, em parceria com o Conselho Superior das Câmaras de Comércio e Turismo, a primeira edição deste evento deverá acontecer de 1 a 3 de julho, na ilha do Sal. A realização deste fórum vem na sequência da Conferência Internacional “Construindo Novas Parcerias para o Desenvolvimento sustentável de Cabo Verde”, que se realizou em dezembro de 2018, em Paris.

Almejando um melhor ambiente de negócio em Cabo Verde, o vice-primeiro-ministro e titular da pasta das Finanças disse que para isso a Administração Pública cabo-verdiana “tem de entender” que o seu papel é ser um elemento “facilitador e criador” de oportunidades.

“Nós em Cabo Verde temos de poder celebrar o sucesso dos outros. O sucesso dos outros é bom para Cabo Verde. É bom que tenhamos empresas e empresários de sucesso, gente a crescer, a expandir o negócio, a ganhar dinheiro, a pagar impostos, a criar empregos e a afazer o país avançar”, frisou, acrescentando que é por isso é que se está a realizar este fórum de investimento privado.

“Este fórum não é um fórum para muitas conversas, porque conversa já tivemos em Paris”, explicou o governante, informando que o Cabo Verde Investment Fórum é para olhar para projectos concretos, tendo-se já, conforme garantiu, uma carteira de quase dois bilhões de euros de projetos “já maduros ou em fase de amadurecimento”.

Segundo esclareceu, esses projetos poderão ser melhorados, para serem bancáveis à escala nacional e à escala internacional. Perante tal ambição, Olavo Correia disse que o governo quer trazer para Cabo Verde investidores, instituições financeiras internacionais, bancos, seguradoras, capitais de risco, parceiros bilaterais, e todos aqueles que têm interesse em investir no país nos sectores do turismo, transportes, tecnologia, indústria, comércio, entre outras áreas.

“Todos aqueles que querem investir no nosso país vão ter essa oportunidade para olhar para projectos concretos e para ajudar a montar o financiamento. Então, há todo um trabalho prévio que tem que ser feito. Se somos tão bons, então eu quero ver pelo menos, meio bilhão de euros de financiamento garantido e contratualizado até ao fórum, a ser realizado nos dias 1, 2 e 3 de julho”, desafiou.

O ministro das Finanças deixa claro, todavia, que essa responsabilidade “não é do governo”, explicando que são os privados quem deverão apresentar os projetos.

“Atenção: nós suportamos, apoiamos, facilitamos, criamos oportunidades. Quem apresenta os projectos são os privados que têm de ter uma boa capacidade de gestão, projectos bancáveis, uma boa estrutura de capital, mercado, e capacidade para mobilizar financiamentos”, aclarou, manifestando total disponibilidade do governo para colocar toda a capacidade pública ao serviço deste objetivo.

“Para trabalharmos de agora até junho, para que em Julho possamos assinar e afirmar contratos de financiamento. Não é um fórum para muitas conversas. É um fórum para fechar negócios, contratos, para estabelecer parcerias”, insistiu.

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