O presidente da Assembleia Nacional enalteceu os propósitos da independência nacional e prestou uma justa homenagem aos combates da liberdade da pátria pela sua participação na luta e construção de um Estado de Cabo Verde.
No dia em que também resolveu prestar um tributo à morna, Jorge Santos considerou Cabo Verde como um país aberto ao mundo, que promove valores da liberdade, da dignidade da pessoa humana e do diálogo civilizacional. “Se é verdade que os ganhos nos enchem de satisfação e orgulho, constituem também estímulos para continuar a empreender esforços para transformar Cabo Verde, a prazo, num país desenvolvido e promissor”, defendeu.
No seu discurso alusivo à data, Jorge Santos lembrou ainda que o país deve vencer desafios “inadiáveis” para reforçar o seu papel na sub-região africana e em todo o corredor do Atlântico Médio, enquanto plataforma de ligação entre a África, Europa e América.
Os eleitos municipais, na ilha do Sal, que estão hoje reunidos em sessão solene, dizem-se “orgulhosos” do percurso da nação cabo-verdiana nestes 44 anos de nação livre e independente. O ato não foi este ano testemunhado por um membro do governo cabo-verdiano, marcado também pela ausência do edil Júlio Lopes.
Entretanto, perante um Salão Nobre bem composto, o deputado independente, Luís Delgado, o primeiro a usar da palavra, disse, que sem “qualquer margem para dúvida”, é de se reconhecer que hoje o país está melhor, tendo registado “transformações radicais”, no sentido da modernização e progresso.
“O balanço de uma forma geral é sem dúvida positivo, mas poderia ter sido bem melhor se o desenvolvimento nacional fosse de forma mais equilibrada e repartida pelas diversas ilhas, ao menos, de acordo com a vocação de cada uma”, exteriorizou, defendendo a regionalização do país que permita uma “discriminação positiva” de cada ilha ou grupo de ilhas.
O vice-líder da bancada do PAICV (oposição), Adiel Monteiro, disse também que o percurso desta nação enche de orgulho. “Não só pelos ganhos alcançados, mas sobretudo pelas condições e recursos disponíveis na altura da conquista destes ganhos”, considerou, apontando, todavia, que é preciso que o país inicie uma “nova revolução”.
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