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CDS-PP denuncia discriminação financeira da República à Universidade da Madeira

Os centristas referem que a Universidade da Madeira recebe menos 5,3 milhões de euros em comparação com a Universidade dos Açores, quando a instituição de ensino superior madeirense possui mais alunos.
15 Junho 2021, 08h14

O CDS-PP Madeira protestou contra a discriminação financeira efetuada pelo governo nacional à Universidade da Madeira. Isto traduz-se em menos 5,3 milhões de euros em comparação com a Universidade dos Açores, quando a instituição de ensino superior madeirense possui mais alunos. Os centristas defendem que as verbas devem ser distribuídas em função do rácio aluno.

O Grupo Parlamentar do CDS-PP Madeira reuniu-se com o reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Fernandes, onde os centristas fizeram questão de reforçar que a análise efetuada pelo partido “não é uma crítica” ao que a Universidade dos Açores está a receber. O líder parlamentar dos centristas madeirenses, António Lopes da Fonseca, diz que a universidade madeirense é constantemente, sobretudo nos Orçamentos de Estado dos últimos anos, “discriminada negativamente em relação ao universo das Universidades, quer nacionais e comparativamente aos Açores”.

CDS-PP considera fundamental acesso das Universidades a fundos europeus

Lopes da Fonseca considera ainda que é precisar regulamentar a possibilidade de que as Universidades da Madeira e dos Açores possam recorrer aos fundos comunitários. O centrista sublinha que até ao último Orçamento de Estado isto não era possível.

“Uma norma no Orçamento de Estado prevê a regulamentação disso mas ainda não está implementado”, reforçou o deputado do CDS-PP Madeira.

Lopes da Fonseca anunciou que os centristas madeirenses vão fazer chegar ao Ministro Manuel Heitor a necessidade de regulamentar esta possibilidade das Universidades da Madeira e dos Açores, poderem recorrer a esses fundos comunitários, reforçando que o acesso a estas verbas é fundamental “até para aprofundar a internacionalização destas duas Universidades que têm realizado muitas vezes, com enorme dificuldade, os trabalhos que felizmente têm vindo a ser reconhecidos a nível internacional, sobretudo em relação a matérias específicas como é o caso das áreas tecnológicas na Universidade da Madeira”.

O centrista considerou que não pode aceitar a maneira como a Universidade da Madeira tem sido encarada do ponto de vista político.

“Basta vermos os contratos-programa que foram anunciados com a Universidade dos Açores, ainda quando o Governo era socialista, enquanto que à Universidade da Madeira nunca foi prometido um contrato-programa ou, pelo menos, o Senhor Ministro Manuel Heitor, nunca se deslocou à nossa Região Autónoma, como fez com os Açores, para anunciar esse contrato-programa de 1,2 milhões de euros em quatro anos, que são quase cinco milhões de euros”, disse Lopes da Fonseca.

O centrista afirma que este tratamento político não pode continuar a acontecer porque as universidades “não podem ser encaradas do ponto de vista político mas sim do ponto de vista geoestratégico e a importância para as regiões, e elas são cruciais para o desenvolvimento das duas Regiões Autónomas”.

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