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CDS-PP pede reforço da testagem e de controlos fronteiriços para conter novas variantes do coronavírus

Francisco Rodrigues dos Santos disse que os centristas irão votar a favor da renovação do estado de emergência na quinta-feira, mas criticou o Governo por ter criado um clima de insegurança no combate à Covid-19 ao “suspender de forma leviana” a vacina da AstraZeneca.
23 Março 2021, 19h55

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, apelou ao Presidente da República para a necessidade de aumentar o número de testes PCR e de reforçar o controlo fronteiriço para evitar a disseminação das novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2.

Numa declaração aos jornalistas depois de ter falado por videoconferência com Marcelo Rebelo de Sousa, que ao longo desta terça-feira realizou uma ronda de audiências com a maioria dos partidos com representação parlamentar – deixando para quarta-feira o PCP, Bloco de Esquerda, PSD e PS -, o líder centrista realçou que as novas variantes, “vindas de países com que Portugal tem relações de proximidade”, são mais contagiosas e perigosas, “escapando às vacinas existentes”.

Anunciando que o CDS-PP votará favoravelmente o decreto de renovação do estado de emergência nesta quinta-feira, Rodrigues dos Santos disse que os centristas continuarão a defender “máxima prudência na reabertura da atividade económica”, pois “a prioridade é salvar vidas”, dependendo futuros sentidos de voto do balanço da situação epidemiológica realizado de 15 em 15 dias.

“Existe a necessidade de o desconfinamento correr bem para não perdermos o verão, o que para a hotelaria e para a restauração seria uma verdadeira catástrofe”, disse o presidente do CDS-PP, apontando

Também criticado pelo líder partidário foi o andamento da vacinação contra a Covid-19, tendo em conta os dados divulgados na reunião do Infarmed. “O Governo criou um clima de insegurança quando suspendeu de forma leviana e sem qualquer critério científico a vacina da AstraZeneca”, disse, recordando o atraso quando Portugal mantém o objetivo de até ao final do verão estar imunizada 70% da população.

No que diz respeito às escolas, Francisco Rodrigues dos Santos alertou que “é preciso planear e proteger mais e melhor”, dizendo-se preocupado com o facto de ainda só haver menos de 0,1% da população escolar testada e só no final desta semana poder haver apenas 28% dos professores e funcionários das escolas vacinados. “Parece-nos uma forma muito pouco prudente de planear o regresso às aulas que não deixa tranquilas as famílias e a comunidade escolar”, disse.

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