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CEO da BP prevê baixa procura do petróleo além da pandemia

“Pode ser o pico do petróleo? Possivelmente. Possivelmente. Eu não descartaria”, afirmou Bernard Looney, em entrevista ao “Financial Times”.
  • ExxonMobil (41.90 mil milhões)​​
12 Maio 2020, 19h16

O CEO da BP admite que a crise no consumo de petróleo possa continuar depois do surto do novo coronavírus. Em entrevista ao “Financial Times” (FT), Bernard Looney fala do impacto da pandemia no ‘ouro negro’ e diz que o vírus está apenas a “aumentar os desafios do petróleo os próximos anos”.

Em causa estão sobretudo as restrições de viagens, que reduziram o consumo para um terço dos níveis pré-crise que eram cerca de 100 milhões de barris por dia. “Não vai aumentar a procura por petróleo. Tornou-se mais provável que [o petróleo] tenha menos procura”, referiu  o diretor-executivo da BP, antevendo que as tecnologias de teletrabalho perpetuem a menor n necessidade de deslocações.

“Acho que não sabemos bem como isto vai acontecer. Eu certamente não sei”, disse o responsável da petrolífera britânica. “Pode ser o pico do petróleo? Possivelmente. Possivelmente. Eu não descartaria essa hipótese”, sublinhou, em declarações ao FT.

Na entrevista divulgada esta terça-feira, Bernard Looney explica também que a pandemia de Covid-19  reforçou a sua “convicção pessoal” da necessidade de mudar de estratégia. O jornal avança que a BP deverá investir mais em energia de baixo carbono e menos em hidrocarbonetos, no âmbito da promessa de se tornar uma empresa de emissões zero até 2050.

https://jornaleconomico.pt/noticias/bp-perdeu-mais-de-4-000-milhoes-de-euros-no-primeiro-trimestre-de-2020-581660

O presidente da saudita Aramco, no âmbito da apresentação de resultados, admitiu hoje que prevê que o impacto da pandemia na procura mundial vai afetar os lucros da empresa no resto do ano e garantiu que a empresa “fortalecerá os negócios durante esse período, reduzindo os investimentos e promovendo a excelência operacional”, um dia depois de o governo da Arábia Saudita lhe ter ordenado uma redução “voluntária” adicional de um milhão de barris por dia da produção a partir de junho, aumentando, assim, o corte acordado com os países da OPEP+ em 12 de abril.

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