Alejandro Pizarro Quintero, na “História da Propaganda Política” – espécie de obra não-ficional noir sobre teoria e prática das fake news –, explica que, em abril de 1939, Franklin D. Roosevelt se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos na televisão. O cenário foi a Feira Mundial de 1939 em Nova Iorque, e a apresentação foi transmitida para meia dúzia de aparelhos.
O presidente já tinha um extenso currículo mediático: as suas “Conversas ao Pé da Lareira”, transmitidas para os milhões de aparelhos de rádio que existiam no país, eram algo que ninguém se atrevia a perder e ajudaram a acalmar os norte-americanos que viviam a Grande Depressão. Mas também criaram nos votantes a sensação de proximidade para com uma figura até aí distante, enigmática, intocável e impessoal.
Roosevelt viveu pouco tempo – morreu em abril de 1945, sem poder comemorar a vitória na II Guerra Mundial, de que foi um dos obreiros – para aproveitar a explosão da importância da televisão enquanto veículo de propaganda, de propagação de mitos urbanos, de publicidade e também, pelo menos para os mais distraídos, de divertimento.
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