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CIP apela a internacionalização e fusão de empresas

Para Armindo Monteiro, num contexto de desafios ou problemas nas empresas, uma reorganização pode significar mais “valor e competitividade”. Patrões defendem mudança de tom no discurso sobre reestruturação: necessidade em vez de inevitabilidade.
8 Abril 2024, 10h05

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal apelou esta segunda-feira à verdadeira internacionalização das empresas, ao profissionalismo na gestão das mesmas e até a fusões, no contexto de reestruturação empresarial.

“A internacionalização da economia é diferente da exportação em contentores e exige um posicionamento diferente”, afirmou Armindo Monteiro, a quem coube a intervenção de abertura de um evento do Jornal Económico (JE).

O assunto ganha especial relevância na medida em que a internacionalização da economia portuguesa, através da AICEP, está agora sob tutela do ministério da Economia. Inclusive, o novo ministro da Economia, Pedro Reis, foi presidente desta Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Na opinião da CIP, é preciso haver uma “conjugação de esforços” para que as empresas consigam ter uma marca verdadeiramente global. “Ganhar escala exige conjugação de esforços”, alertou o presidente da confederação empresarial, no pequeno-almoço de debate do JE Advisory, que decorre no Hotel Intercontinental Lisboa.

Segundo Armindo Monteiro, o ordenamento jurídico deve incentivar a reestruturação de empresas, que é um “tema demasiado complexo” e, muitas vezes em Portugal, está inserido numa retórica na “dimensão da inevitabilidade” em vez de “necessidade para fazer face a um conjunto de desafios e problemas”.

Os patrões consideram que reconstruir pode ser fundamental para “ganhar valor e competitividade”, mas as organizações também vivem de previsibilidade, um dos seus principais bens económico. “Pedem-nos [às empresas] transições de toda a natureza: energética, digital… (…). Para o empresário, é importante haver a possibilidade de perspetivar a empresa e tomar decisões com algum planeamento”, referiu Armindo Monteiro.

A globalização não pode ser feita de qualquer maneira. Para a nova globalização é preciso alguns credos, alguma similitude de ordenamento jurídico.

 

*O JE Advisory é a publicação mensal do Jornal Económico sobre advocacia, consultoria e banca de investimento. A próxima edição estará nas bancas na próxima sexta-feira, dia 12 de abril.

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