A Cofina adiantou esta terça-feira de madrugada que as negociações com a Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, continuam a decorrer e têm-se desenvolvido “de forma muito intensa nas últimas horas”. Na sequência de uma notícia do “Expresso” e a pedido da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo que detém o jornal “Correio da Manhã” informou, no entanto, que ainda “não é possível estimar uma data concreta para a obtenção de um acordo”.
O consenso entre as partes continuará a depender “da aprovação prévia pelos órgãos de administração da Cofina e da Prisa”, refere o comunicado divulgado esta noite pelo regulador dos mercados. “Os efeitos transmissivos de um acordo que venha a ser alcançado ficarão, de todo o modo, sujeitos às condições suspensivas legais e/ou contratuais que nele venham a ser previstas”, acrescenta a Cofina, depois de o semanário do grupo Impresa avançar que “é só esperar mais uns dias” para saber o futuro da TVI.
No final da semana passada, os jornais “Expresso” e “Eco” noticiaram que o negócio de 255 milhões de euros ficava fechado esta quarta-feira. Segundo os jornais suprarreferidos, a Cofina conta com dois financiadores internacionais (o banco espanhol Santander e o francês Société Générale e dois novos acionistas (Abanca e o empresário português Mário Ferreira). Numa nota enviada à CMVM na sexta-feira, a empresa de Paulo Fernandes não confirmou a informação, mas assegurou que iria prestar os esclarecimentos adicionais que se justificassem se existirem desenvolvimentos nas conversações.
Em meados de agosto, o “Expresso” avançou que Paulo Fernandes, dono da Cofina, decidiu entrar em negociações exclusivas para a compra da TVI à espanhola Prisa. Dois dias depois, a Cofina clarificou à CMVM, em virtude de uma suspensão de negociações das ações do grupo de comunicação, que admite lançar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) à Media Capital.
O CEO do grupo que detém também publicações como o desportivo “Record” e a newsmagazine “Sábado” teria assinado um memorando com a Prisa três semanas antes, que lhe garante exclusividade nas negociações. O processo de venda teria tido início após a saída de Rosa Cullell da direção executiva da Prisa e depois de fracassadas negociações com a Altice, bem como do interesse de outros dos potenciais compradores como Mário Ferreira.
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